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Não existe previsão para pagamento do vale dos motoristas, diz advogado do Consórcio
"Se o pagamento for feito hoje, amanhã terá a circulação normal dos ônibus", afirma Sindicato
Terça-feira, 21 Junho de 2022 - 11:20 | Suzy Jarde Vera

Na manhã em que os campo-grandenses ficaram sem a prestação dos serviços de transporte público, o programa Noticidade da Rádio Cidade FM 97, recebeu representantes que posicionaram sobre essa dificuldade enfrentada na Capital, nesta terça, 22 de junho.
De acordo com Andre Borges - Advogado do Consórcio Guaicurus, ontem (20) a tarde o consórcio informou ao Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Coletivo, que não teria condições financeiras para pagar, o vale dos empregados.
"A previsão, até o momento não há, não temos como pagar esse dinheiro, o consórcio esta bastante endividado. Esse assunto tem sido comunicado com frequência a Prefeitura de Campo Grande e demais órgãos de controle. Então se nenhuma decisão de caráter emergencial for tomada hoje, simplesmente o Consórcio não tem como pagar o vale aos motorista", enfatizou.
O presidente do sindicato dos motorista, Demetrio Freitas, confirmou que não havendo o pagamento do vale aos trabalhadores, a paralisação deverá continuar. Sobre essa afirmação o advogado respondeu: " Tudo tem sido feito para que a categoria entenda que a situação financeira é calamitosa e grave. E se essa for a decisão do sindicato, só resta ao Consórcio lamentar, o fato é que não existe dinheiro para pagar", reforçou.
De acordo com o Dr. O dialogo com a classe trabalhadora sempre é tranquilo, o Consórcio entende o posicionamento da classe porque ela não recebeu o vale. Mas afirmou que, haverá uma avaliação pra saber se essa greve é legal ou não.
"Ao decorrer do dia o departamento jurídico da empresa, que cuida da parte trabalhista vai avaliar sobre a legalidade da greve isso é um a outra questão. Uma questão é sobre o direito do trabalhador receber o vale, a outra é a legalidade da greve", finalizou André.
Demétrio Freitas, Presidente da Categoria dos Motoristas de Transporte Coletivo, explicou o que levou a greve dos motorista de hoje.
"O não pagamento do vale, foi um do motivos, mas há outras demandas que o sindicato já vinha atendendo do Consórcio. Mas hoje o não pagamento do adiantamento desse valor chegou ao limite. Com essa insatisfação, foi decidido pela para paralisação de um dia. Caso esse pagamento seja efetuado hoje, amanhã terá a circulação dos coletivos normalmente", ressaltou
Todos os ônibus se encontram na garagem, não havendo rota nem no período da tarde e nem anoite. De acordo com o sindicato, amanhã, 22 de junho, corre o risco das população de Campo Grande ficar sem esse serviço novamente.
O não pagamento foi o estopim de uma séries de problemas que o consórcio vem enfrentando. Demétrio detalhou uma outra dificuldade ocorrida ano passado.
"Teve a questão do décimo terceiro, em 2021 que precisou ser parcelada em três vezes e paga ao trabalhador dessa categoria, quando o certo seria ser paga em duas vezes. Outro ponto, é uma parcela que o trabalhador tem direito na Participação do Lucro (PL) da empresa, que deveria ser paga em duas vezes no ano. Mas que tem sido paga em quatro vezes. "
Ainda segundo o presidente, a categoria dos motoristas de ônibus vem cedendo ás dificuldades do Consórcio. E que agora chegou no limite e a única medida que se teve foi a paralisação.
"Isso serve também para a empresa entender, que precisa valorizar mais o motorista, não adianta só ter os ônibus. Se não tiver o motorista o ônibus não sai da garagem".
Sobre essa paralização que interfere também na rotina nos comercios localizados na área central da Capital, o presidente da Câmara de dirigentes lojistas (CDL), Adelaido Vila, lamenta a situação principalmente no momento em que o varejo da cidade tenta retornar com o fluxo vivido antes da pandemia.

"Essa situação desestabiliza o comércio, Campo Grande tenta se reerguer, buscando alternativas pra sair desse momento tão difícil gerado principalmente pelo aumento da inflação, aumento de combustível, e pela pandemia. O usuário de transporte coletivo gozar de um serviço que não é aquilo que ele espera. Com muitas dificuldades, e agora é a população que é penalizada. Isso parece ser mais um ato politico do que qualquer outra coisa", comentou o Presidente da CDL.
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