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MS lança sistema para gerenciar emissões de gases de efeito estufa
Sistema também vai oferecer mais agilidade para quem realiza atividades com impacto ambiental
Quarta-feira, 11 Junho de 2025 - 14:30 | Redação

Para aprimorar o registro de inventários de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), além do cálculo do balanço de carbono, o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul lançou o sistema CarbonControl, uma plataforma digital de gerenciamento de emissões e remoções desses gases. O sistema também vai oferecer mais agilidade e eficiência para empresas e indivíduos que realizam atividades com impacto ambiental. A ferramenta foi lançada oficialmente pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), ontem (10), durante abertura do III Fórum Estadual de Mudanças Climáticas de Mato Grosso do Sul, realizado em Bonito.
O Governo do Estado, por meio do Programa Estadual de Mudanças Climáticas (PROCLIMA) estabeleceu uma série de ações e medidas para que o MS seja um território reconhecido internacionalmente como "carbono neutro" até 2030. "Dentro dessa lógica, foi publicada uma resolução passando a exigir a apresentação do inventário de gases de efeito estufa para os empreendimentos que necessitam de licenciamento ambiental”, explicou o secretário Jaime Verruck, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).
O CarbonControl será um instrumento fundamental para consolidar dados sobre o controle de emissões no Estado, automatizando o envio de informações e facilitando a análise técnica de inventários ambientais, tanto voluntários quanto obrigatórios para o processo de licenciamento ambiental.
"A plataforma representa um avanço tecnológico significativo, traz mais modernidade aos nossos processos e oferece mais transparência e eficiência na gestão ambiental, consolidando Mato Grosso do Sul como um estado que valoriza o desenvolvimento sustentável”, disse o diretor-presidente do Imasul, André Borges.
Todas as pessoas físicas e jurídicas cujas atividades gerem emissões ou remoções de GEE deverão utilizar o CarbonControl. Isso inclui registros obrigatórios, limitados ao licenciamento ambiental, e também registros voluntários para empreendimentos que buscam melhorar suas práticas sustentáveis. As atividades monitoradas abrangem operações rurais, relacionadas ao Cadastro Ambiental Rural de Mato Grosso do Sul (CARMS) e urbanas, não vinculadas ao CARMS.
O sistema abrange diversas fontes de emissão de GEE com foco inicial. Para as atividades ligadas ao Cadastro Ambiental Rural (CARMS), o sistema CarbonControl faz uma integração direta com os inventários reportados. Isso garante que os dados fornecidos estejam em conformidade com os padrões estabelecidos pelo GHG Protocol Brasil, utilizados exclusivamente no cálculo de emissões e remoções de GEE.
O CarbonControl gera um relatório detalhado do balanço de emissões e remoções de carbono (CO2e). As remoções de carbono, entretanto, deverão ser calculadas pelos técnicos responsáveis e posteriormente inseridas na plataforma. Os fatores de remoção utilizados devem seguir as normas publicadas pelo Imasul e pela Semadesc. Ao final do processo, as empresas recebem um relatório completo, permitindo ajustes estratégicos para reduzir emissões e adotar práticas mais sustentáveis.

Avanços - O lançamento do CarbonControl marca um avanço na gestão ambiental de Mato Grosso do Sul, consolidando o compromisso do Governo do Estado no enfrentamento às mudanças climáticas. Além de aumentar a transparência no monitoramento das emissões de GEE, o sistema incentiva as empresas a adotarem práticas alinhadas com os compromissos globais de sustentabilidade.
“O Imasul lançou um novo sistema que combina o controle de GEE com o potencial de retenção de carbono no solo e no crescimento. Esse sistema valoriza áreas preservadas, como o Pantanal e o Cerrado, além das práticas agrícolas sustentáveis no Estado. Com ele, as empresas podem calcular tanto as emissões quanto as retenções de carbono, mesmo que a inclusão de retenções seja voluntária. O objetivo é equilibrar esses fatores, incentivando a redução de emissões e reforçando a meta do estado de se tornar carbono neutro até 2030”, disse o fiscal ambiental Rômulo Louzada.
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