Motoristas de van escolar pedem socorro

Sem poder trabalhar há 90 dias, motoristas de van escolar estão com medo de perder o único meio de trabalho. Os trabalhadores alegam que não conseguem mais pagar as parcelas dos veículos já que as escolas estão fechadas por conta da pandemia do novo coronavírus.Sem alunos, os rendimentos despencaram.

Nesta segunda-feira (08) a categoria fez uma manifestação na Esplanada Ferroviária. Ainda hoje um grupo de 10 trabalhadores deve seguir para Brasília onde acontece um protesto nacional. Eles querem apoio do Governo Federal para redução de taxas bancárias e de financiamentos, além de um auxílio específico para a categoria. 

O maior temor dos profissionais é perder os veículos por falta de condições de pagamento. Segundo o presidente do Sintems (Sindicato dos Transportadores Escolares de MS) Rodrigo Aranda, que trabalhou mais de 14 anos para conquistar a primeira van de transporte escolar, a situação é crítica.

“ São 226 famílias que sobrevivem do transporte escolar, elas já estão passando por dificuldades, estamos pedindo isenção das taxas e dos impostas, 70% das vans são financiadas e o banco não está negociando as dívidas. Daqui uns dias oficial de justiça vai bater na nossa porta para apreender os veículos. Nossa situação não está fácil”, lamenta.

O líder sindical busca apoio da Prefeitura de Campo Grande. De acordo com a categoria, o decreto da prefeitura que flexibilizava o trabalho dos motoristas durante a pandemia não teve efeito. Com a medida tomada em abril, os condutores de vans foram liberados para  transportar pessoas e mercadorias durante a pandemia do coronavírus. A medida, em caráter excepcional,  foi tomada após a suspensão das aulas. Mas a tividade de fretamento não teve demanda suficiente e os condutores continuam no vermelho.