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Moradores do Cabreúva fazem manifestação contra Centro Pop
Eles já apresentaram três petições para o terreno virar Centro Comunitário do bairro
Sábado, 02 Abril de 2022 - 13:00 | Isabela Duarte

Neste sábado, 02 de Abril, a Associação de Moradores do Bairro Cabreúva (AMBC) realizou uma manifestação contra a instalação do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop) na área da antiga Associação dos Arquitetos.
Os populares reivindicam a área para ser a sede da Associação e o Centro Comunitário do Bairro. Desde 2019, eles enviaram três petições e o projeto para a Prefeitura, e ficaram sabendo essa semana, durante uma reunião com o poder público, que Centro Pop seria inaugurado na região.
O presidente do bairro desde 2019, Eduardo Cabral, de 58 anos, afirma que o pedido do Centro Comunitário foi feito antes da intimação do Centro e não existia iniciativa para a área na Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (SEMADUR).
Os moradores se juntaram voluntariamente e fizeram uma "vaquinha" para limpeza, pintura e cuidados com o terreno, que fica ao lado da Casa da Saúde. A Associação colocou até portão para proteger a área e tem intenção de contratar um vigia para o local.
"O que nós queremos é atitude. Nós ansiamos que aqui seja o centro comunitário do bairro, a área é exatamente o que precisamos", diz Eduardo.
O presidente afirma que convidaram a Prefeitura para fazer a negociação e não obtiveram resposta. A equipe do Diário Digital também tentou entrar em contato, mas até o momento não obteve resposta. Espaço segue aberto para o posicionamento.

Comerciantes da Feira Central também estiveram presentes na manifestação. A empreendedora Zezé do Acarajé, que trabalha na região desde 2012, afirma que sofrem muito com os assaltos e com os moradores de rua e dependentes químicos.
"O problema é o dependente químico, nosso bairro é antigo, cheio de idosos e tem crime todo dia. A gente vive da feira, eu lembro do tempo que tinha atrações culturais, hoje, as famílias não vêm mais aqui", afirma Zezé.
Os manifestantes afirmam que a ajuda da Guarda Municipal tem melhorado a segurança. Na semana passada, os moradores foram conversar com os policiais, que reforçaram as rondas e a vigilância.

Os moradores ressaltam que não são contra o acolhimento dos moradores de rua e que os ajudam indicando clínicas e lugares de acolhimento, mas não querem que o espaço já preparado para a Associação seja considerado, por eles, perigoso.
A assistente social Daniela Cabreira, de 65 anos, afirma que o local não é adequado para receber esses populares que precisam de apoio.
"Queremos para eles qualidade de vida e também o nosso Centro Comunitário. Nunca fomos ouvidos pela Prefeitura, eles têm que ouvir a população, somos uma democracia", afirma Daniela.

A dona de serralheria, Simona Zaim, de 42 anos, também relata a violência da região, causada pelos dependentes químicos. Ela afirma que os comerciantes são assaltados todos os dias, e diante da ineficácia da Prefeitura, cansaram de fazer os boletins de ocorrência.
"A polícia nem vem mais, eles fazem arrastão, roubam os fios das nossas casas enquanto a gente assiste a televisão. Se você não dá nada para eles, é agredido", afirma a comerciante.
A reinvindicação é para tornar a região mais segura, com a não instalação do Centro Pop e atender ao projeto do Centro Comunitário.

Antes da limpeza (Foto: Arquivo pessoal) Antes da limpeza (Foto: Arquivo pessoal)
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