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Mais de 3 mil Carteiras de Trabalho são esquecidas na Superintendência Regional do Trabalho

Desde a implantação da CTPS digital, muita gente acredita que o documento físico não tem mais utilidade, ele continua sendo fundamental, principalmente quando há falhas no registro digital

Terça-feira, 03 Junho de 2025 - 14:31


Mais de 3 mil Carteiras de Trabalho são esquecidas na Superintendência Regional do Trabalho
Mais de 3 mil Carteiras de Trabalho são esquecidas na Superintendência Regional do Trabalho (Foto Divulgação)

Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Mato Grosso do Sul (SRTE-MS), divulgou nesta terça-feira (03), uma nota afirmando que mais de 3 mil Carteiras de Trabalho foram esquecidas no órgão.  O número impressiona: cerca de mil carteiras foram encontradas e enviadas pelos Correios à superintendência, após serem deixadas em diferentes cidades do Estado. Outras duas mil foram emitidas no local, mas jamais foram retiradas pelos titulares.

“Desde a implantação da CTPS digital, muita gente acredita que o documento físico não tem mais utilidade. Mas ele continua sendo fundamental, principalmente quando há falhas no registro digital por parte das empresas”, alerta o superintendente regional do Trabalho, Alexandre Cantero.

A versão digital da Carteira de Trabalho foi lançada em setembro de 2019 e trouxe avanços importantes. No entanto, em muitos casos — como em disputas judiciais ou revisões previdenciárias —, a carteira física ainda é o único documento que comprova vínculos empregatícios antigos. “Temos documentos aqui que não foram retirados há anos. Estão guardados, esperando seus donos, e podem ser fundamentais para garantir direitos como aposentadoria, contagem de tempo de serviço e acesso ao FGTS”, afirma Cantero. A retirada é simples e gratuita. Basta comparecer à SRTE-MS com um documento com foto. Uma rápida consulta indicará se a carteira está no local.

Além disso, quem perdeu a CTPS pode registrar um boletim de ocorrência e solicitar a segunda via, apresentando documentos como RG, CPF e comprovantes de vínculos empregatícios. “Esses documentos ficam guardados por até 100 anos. Nosso compromisso é preservar esse patrimônio profissional dos trabalhadores, mas é importante que cada um faça sua parte e venha resgatar o que é seu por direito”, reforça o superintendente.

A CTPS foi criada em 1932, durante o governo Getúlio Vargas, e se tornou um símbolo da proteção aos direitos dos trabalhadores. Mesmo diante da modernização dos processos e da transformação digital, a versão física da carteira ainda carrega peso legal e histórico — e pode fazer toda a diferença no futuro.

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