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Lula discute corredor que liga portos do norte do Chile a Campo Grande
Empreendimento tem potencial de abrir mercado para 180 milhões de consumidores e vai facilitar, também, transporte de passageiros
Quinta-feira, 22 Agosto de 2024 - 08:20 | Do Portal R7

Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Gabriel Boric (Chile) intensificaram as discussões para a implementação de uma rota rodoviária de aproximadamente 2.300 km de extensão entre os dois países para ser possível ligar os oceanos Pacífico e Atlântico e, assim, aumentar a integração e a relação entre os países para facilitar o transporte de cargas e passageiros, como a redução em até 12 dias no trânsito de mercadorias. A iniciativa tem sido chamada de corredor bioceânico e tem o potencial de abrir mercado para 180 milhões de consumidores.
A criação da rota é um plano antigo. O objetivo dela é ligar portos do norte do Chile a Campo Grande (MS). A capital de Mato Grosso do Sul foi escolhida para ser um dos extremos do corredor por estar localizada no centro da América do Sul e ter vasta conectividade rodoviária com o restante do território brasileiro e países vizinhos, o que pode fazer com que a cidade se torne o centro redistribuidor de insumos e produtos para locais como o Porto de Santos (SP).
Além de Brasil e Chile, o Paraguai e a Argentina são sócios na obra. Os países discutem, também, como garantir que os serviços fronteiriços e logísticos sejam ágeis e modernos para assegurar a eficiência da construção de uma “megarodovia” como essa. Ainda não há data para a conclusão das obras.
O empreendimento promete diminuir os custos e a duração do transporte de cargas. Segundo estimativa feita pelo Ministério de Relações Exteriores em 2020, uma mercadoria chilena que entra no Brasil por via terrestre, por meio de São Borja (RS) ou Uruguaiana (RS), percorre 4.516 km para chegar a Campo Grande. Com o corredor bioceânico, essa distância seria reduzida para 2.396 km.
Em outra projeção feita pela pasta, os custos da exportação de carne do Brasil para o Chile poderiam passar de cerca de US$ 229 por tonelada para aproximadamente US$ 174 por tonelada com a carga sendo levada pelo corredor.
“O Chile pode ser a ponta de saída de produtos brasileiros para o Pacífico e o Brasil pode suprir o mesmo papel para acesso das exportações chilenas ao continente africano. A conclusão desses corredores permitirá uma economia de, no mínimo, mil dólares para cada contêiner exportado para a Ásia e Pacífico, bem como a redução do tempo de transporte de mercadorias em pelo menos 15 dias”, explicou Lula sobre o corredor.
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