Instituições unem forças para melhorar qualidade de sementes nativas em MS

Durante o Pantanal Tech 2025, a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e a Rede de Sementes Flor do Cerrado assinaram oficialmente o Termo de Cooperação Técnico-Científico que estabelece uma parceria estratégica para garantir maior controle de qualidade e desenvolvimento de pesquisa com sementes nativas dos biomas Cerrado e Pantanal. A iniciativa marca um novo capítulo para a restauração ecológica em Mato Grosso do Sul.

O acordo prevê o fortalecimento de laboratórios voltados à análise da qualidade de sementes e ao desenvolvimento de tecnologias para restauração ambiental, com o objetivo de tornar a cadeia produtiva das sementes nativas mais técnica, confiável e eficiente.

Para Renato Roscoe, diretor executivo do InstitutoTaquari Vivo, são mais de três anos de trabalho com grupos de pequenos produtores, comunidades quilombolas e indígenas, que atuam na coleta de sementes nativas. “Essa parceria com a UEMS é fundamental para avançarmos em mais alguns pontos dessa cadeia. Por exemplo, a qualidade das sementes. Nós temos mais de 200 espécies que estão sendo coletadas e precisamos de protocolos que nem sempre estão disponíveis. Esse convênio vai ser muito importante para desenvolver esses novos protocolos e garantir melhor qualidade para as sementes”, destacou.

Além do ITV, a formalização contou com a presença de representantes das demais instituições estruturantes da Rede, WWF-Brasil e Associação para a Recuperação, Conservação e Preservação da Bacia do Guariroba (ARCP) — além da equipe técnica da UEMS. Estiveram presentes Renato Roscoe (ITV), Cyntia Cavalcante Santos (WWF), Claudinei Menezes Pecois e Cristina Possari (ARCP), Letícia Koutchin Reis (Rede de Sementes), o reitor Laercio Alves de Carvalho, Zildamara Holsback, Vânia Beatriz Cipriani e Norton Rego (UEMS).

A assinatura do termo durante o Pantanal Tech 2025 reafirma o papel do evento como espaço de articulação entre ciência, inovação e sustentabilidade, evidenciando o protagonismo de Mato Grosso do Sul na agenda da restauração ambiental no Brasil.