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Imagens de satélite detectam devastação de áreas no Pantanal de MS
Investigações envolvem o uso irregular do fogo e a supressão vegetal, totalizando mais de 64 hectares de área degradada
Quinta-feira, 23 Outubro de 2025 - 14:50 | Redação

Imagens de satélite detectaram devastação em áreas do Pantanal sul-mato-grossense e viraram provas em dois inquéritos civis do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) abertos para levantar informações e buscar responsáveis pelos graves danos ambientais no Bioma. São duas localidades ambas em Corumbá. As investigações envolvem o uso irregular do fogo em período proibitivo e a supressão vegetal também sem autorização, totalizando mais de 64 hectares de área degradada.
O primeiro caso refere-se ao incêndio de 9,29 hectares de vegetação nativa em lote do Assentamento Taquaral. O sinistro ocorreu entre os dias 18 e 26 de dezembro de 2024, período em que o uso do fogo estava proibido por força de portaria do Imasul. A área foi identificada pelo Programa Pantanal em Alerta, com confirmação por imagens de satélite e laudos técnicos do Núcleo de Geotecnia ou Núcleo Geoambiental (Nugeo), Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), Polícia Militar Ambiental (PMA) e da Coordenadoria-Geral de Perícias (CGP).
O proprietário foi autuado e multado em R$ 10 mil por infração ambiental, com base na Lei nº 9.605/98 e no Decreto nº 6.514/08. Embora não tenha sido comprovado dolo ou culpa, o MPMS identificou a responsabilidade Civil objetiva por risco integral, determinando medidas de prevenção e reparação ambiental. A área foi embargada e o caso encaminhado à Polícia Federal (PF) para as tratativas criminais.
O segundo procedimento trata da supressão vegetal de 55,38 hectares em uma fazenda, também localizada em Corumbá. O desmatamento foi detectado por imagens de satélite e confirmado por fiscalização do Imasul, que lavrou auto de infração e laudo de constatação, aplicando multa de R$ 56 mil ao responsável.
A área foi embargada e o proprietário notificado a apresentar documentos como matrícula do Cadastro Ambiental Rural (CAR), Programa de Regularização Ambiental (PRA), Plano de Recuperação de Áreas Degradadas ou Alteradas (Prada) e licenças ambientais, além de manifestar interesse em firmar Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).
O MPMS também requisitou à Polícia Federal a instauração de inquérito policial para apurar possível crime ambiental. As investigações seguem em curso, com foco na reparação dos danos, prevenção de novas ocorrências e eventual responsabilização Civil, administrativa e penal dos envolvidos.
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