Gabriely viu o filho o nascer prematuro com 930 gramas em meio a pandemia

A gravidez de Gabrielly Bueno da Silva Mota, de 26 anos, foi marcada por reviravoltas desde o início, a promotora de vendas não esperava ser mãe naquele momento da vida, mas tudo mudou quando recebeu o resultado positivo do teste de gravidez, após o nascimento do filho Luiz Otavio, ela precisou ficar três meses na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), em período de pandemia onde os hospitais estavam congestionados.

Gabrielly descobriu que estava grávida durante a pandemia, devido ao momento, foi afastada imediatamente de seu trabalho. Na vigésima quinta semana (entre o quinto e o sexto mês), em um dia que parecia comum, ao se deitar, ela sentiu que sua bolsa havia estourado. Assustada, ela imediatamente procurou a maternidade e, já internada, descobriu que estava com falta de líquido amniótico.

Devido à gravidade do caso, ao alto risco de infecção e ao parto que ocorreria prematuramente, Gabrielly precisaria ficar internada em um hospital que tivesse à disposição uma UTI Neonatal. Como o ocorrido aconteceu durante um pico da pandemia de Covid-19, grande parte dos hospitais da Capital, cidade onde ela reside, estavam ocupados, logo foram iniciadas as buscas por vagas em hospitais pelo Mato Grosso do Sul. “Conseguimos uma vaga um dia depois em Dourados (MS), com uma mala em uma ambulância partimos, mal sabia eu que ali iniciaria minha luta”, relembra a promotora.

Luiz Otávio veio ao mundo no dia 21 de novembro de 2021, pesando apenas 930 gramas e com trinta e cinco centímetros, o menino foi imediatamente encaminhado à UTI Neonatal. Durante esse período, Luiz teve intercorrências médicas, desde paradas respiratórias a quedas de saturação repentina.

Os pediatras que atendiam o pequeno disseram a Gabrielly que Luiz iria ter sequelas e atrasos devido ao nascimento antecipado, porém ela se mantinha esperançosa no desenvolvimento de seu filho. “Eu sempre tive muita fé em Deus e sabia que ele tinha um propósito para nossa família, ele foi um guerreiro desde o nascimento, lutando para viver”, fala a mãe.

Aos quatro anos, desenganando a equipe médica, Luiz Otávio é uma criança saudável. Ele ainda passa por acompanhamento pediátrico e, até o momento, não manifestou nenhuma das sequelas que poderia ter devido ao seu nascimento. Descrito como um menino alegre, carinhoso e que adora brincar, Gabrielly fala que ele foi um presente em sua vida. “Ele é meu milagre, sou grata a Deus por ser mãe de um guerreiro”.