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Fragilidade dos sistemas de comunicação possibilitam aumento de crimes cibernéticos

Uso contínuo de dispositivos com informações pessoais facilita crimes cibernéticos devido à falta de cuidado

Terça-feira, 03 Setembro de 2019 - 11:01 | Redação


Fragilidade dos sistemas de comunicação possibilitam aumento de crimes cibernéticos

Especialistas alertam sobre a fragilidade dos sistemas de comunicação dos dispositivos atuais. O uso constante facilita ações de criminosos, mas existem formas de evitar a exposição de dados pessoais, bem como informações sigilosas. Porém, especialistas enfatizam sobre a importância de os usuários mudarem de postura. Para isso, se faz necessário o uso de senhas fortes, analisar a lista de permissões de aplicativos, contar com antivírus e garantir uma conexão segura com uma VPN.

Crimes cibernéticos aumentam em todo o país

No Brasil ocorrem cerca de 366 crimes cibernéticos, de acordo com o levantamento realizado pela associação SaferNet Brasil, em 2018, em parceria com o MPF (Ministério Público Federal).

No período, foram registrados 133.732 delitos virtuais, incluindo pornografia infantil, conteúdos de incitação à violência e apologia, bem como violência contra mulheres e crimes contra a vida, entre outros. Comparando ao número de ocorrências registradas em 2017, esse tipo de crime aumentou quase 110%, período em que foram registradas, pela associação, 63.698 denúncias.

Especialistas alegam que a ação criminosa ocorre por conta do descuido das pessoas ao utilizarem ferramentas que visam proteger os dispositivos contra invasões de hackers. De acordo com os profissionais, ninguém pode estar 100% protegidos contra cibercrimes, porém, é possível obter, ao menos, o mínimo de precaução como forma de reduzir possíveis ameaças à privacidade.

Dispositivos móveis funcionam como guardião de informações pessoais

É fundamental que a população tenha consciência de que seus dispositivos possuem dados individuais, inclusive, sobre comportamentos. Por guardarem informações pessoais, é essencial se precaver e investir em cuidados como forma de proteção.

Atualmente, vivemos em uma sociedade em que a quantidade de crimes cibernéticos só tem aumentado. Fato é o ataque contra Sérgio Moro, ministro da Justiça e Segurança Pública, e contra o presidente Jair Bolsonaro. Somente esse ocorrido enfatiza o quanto estamos suscetíveis à interceptação de mensagens.

É importante salientar que as empresas de telefonia estão investindo cada vez mais em proporcionar boa experiência em ligações e conexões. Portanto, não podem garantir o sigilo das comunicações de forma 100% segura.

Com essa fragilidade, que ocorre a nível mundial, conforme afirmado pelo professor Jorge Henrique Fernandes, do Departamento de Ciências da Computação da UnB, é preciso investir cada vez mais em senhas e cópias de documentos importantes para outros dispositivos.

Especialistas alertam sobre prevenção de crimes cibernéticos

São muitas as formas de crimes virtuais, mas existem formas de se proteger contra os mesmos. Entre elas:

Senhas fortes: é muito importante considerar o uso de senhas fortes, bem como diferentes para cada conta online e aplicativos. Autenticação de dois fatores: trata-se de uma camada adicional de segurança ao realizar o login em redes sociais, e-mails e outros.

Sistema operacional: é muito importante realizar a atualização como forma de aumentar a proteção.

VPN: proporciona uma conexão mais segura, sendo uma excelente barreira contra roubo de dados e invasão de privacidade.

Mensagens suspeitas: mensagens com erros de ortografia e de pessoas desconhecidas não devem ser confiáveis.

Aplicativos seguros: antes de instalar qualquer app, pesquisar sobre ele é uma forma de se proteger.

Links seguros: recomenda-se fazer uma breve análise antes de acessar quaisquer links e jamais abrir os que achar suspeitos.

Antivírus: além de instalar, é preciso ficar atento em mantê-lo sempre atualizado.

Localização: jamais compartilhar em redes sociais sobre a sua localização, bem como também informações sobre escola, trabalho e residência.

Permissões em aplicativos: se o aplicativo é desconhecido, não conceda permissões desnecessárias.

Redes Wi-Fi: evitar utilizar as redes Wi-Fi públicas também é uma forma de se manter seguro.

Esses hábitos devem ser incorporados no cotidiano dos usuários, a fim de evitar crimes online. São muitas as ferramentas disponíveis para proteção, porém, é fato também que a maioria das pessoas tem preguiça de utilizar desses meios, ficando expostas ao crime virtual.

As empresas de tecnologia estão cada vez mais empenhadas em facilitar a ação do usuário, buscando meios de proteger seus dados e navegação, em geral, mais acessíveis. Porém, outro ponto negativo que faz com que esse tipo de crime aumente, é o fato de que os usuários acham que nunca serão hackeados.

Isso ocorre pela ilusão de que seus dados não são importantes a um criminoso virtual. Especialistas do mundo todo são unânimes em afirmar que o perigo existe para todos e que não se deve deixar a preguiça ser inimiga da precaução.

Tecnologia é sempre vulnerável

Fragilidade dos sistemas de comunicação possibilitam aumento de crimes cibernéticos

Por mais que se acredite que determinado tipo de tecnologia seja infalível, ela possui um tipo de vulnerabilidade e essa afirmação é reforçada por especialistas. Portanto, a melhor forma de ficar livre de crimes cibernéticos é por meio da mudança de postura dos usuários.

Para isso, importa estar consciente sobre o risco a que está exposto ao postar informações online, baixar aplicativos, entre outras formas relacionadas ao universo digital. Além disso, ao utilizar computadores públicos, o usuário deve evitar se conectar a redes sociais, optando também sempre por navegar de forma anônima.

Outra recomendação de real importância é tornar mais difícil o acesso aos dispositivos e serviços na internet. Quanto mais difícil o acesso for, menor o risco de se expor a crimes cibernéticos.

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