Fapec anuncia nova etapa de revisão em provas de vestibulares

A Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura (Fapec) anunciou medidas para minimizar os erros em provas de vestibulares dos quais é organizadora. Neste ano, centenas de recursos foram impetrados contra questões das provas dos exames da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS).

Durante entrevista coletiva nesta quarta-feira, 13 de Dezembro, em Campo Grande, a  diretora-presidente da Fapec, Nilde Brun, anunciou mudanças como a inclusão de mais uma etapa de revisão após elaboração das questões.

Anteriormente, após dois revisores trabalharem com a prova, ela era passada à diagramação e, em seguida guardada, em um bunker. A partir de agora, outros dois revisores vão analisar as provas já diagramadas, antes de ser enviada ao bunker.

"Nas próximas provas será incluída essa nova fase (de revisão). Diagrama, volta para mais dois corretores e depois o bunker", detalhou.

Nilde Brum explicou que o número restrito de revisores se deve à necessidade de sigilo e segurança das provas. “Quanto menos pessoas manusearem as provas é melhor”, afirma.

Outra medida anunciada que, na verdade, já existia é a exclusão de professores que tiverem  questões anuladas, impedindo que eles participem da elaboração de outras provas.

Recursos - Após os erros nas provas, o vestibular da UFMS (aplicado em 3 de Dezembro) recebeu 979 recursos feitos por 282 candidatos entre 12,5 mil que realizaram as provas. Já para a prova da UEMS (26 de Novembro) foram 506 recursos de 127 candidatos entre 6,481 candidatos.

Os recursos contra as questões do vestibular da UFMS poderiam ser feitos de 5 a 6 de Dezembro, enquanto da UEMS entre 30 de Novembro a 1º de Dezembro.  O resultado definitivo do gabarito dos dois vestibulares deve ser divulgado em 22 de Dezembro. 

Protestos - Os erros geraram protestos de professores, pais e alunos. Um deles ocorreu na Câmara Municipal no dia 7 de Dezembro. Os manifestantes alegaram a existência de erros grosseiros constatados nos últimos cinco anos.