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Em barraco atrás de antigo lixão, mãe pede ajuda para chegada de recém-nascido
Calebe tem má formação no intestino e está no hospital com bolsa de colostomia
Terça-feira, 03 Agosto de 2021 - 16:00 | Redação

Com oportunidades limitadas e várias dificuldades na vida, Ana Rafaela de Araújo Oliveira, de 28 anos, se casou jovem. Cria quatro filhos pequenos e há oito meses deixou a residência onde morava porque não tinha condições de pagar o aluguel. A família se mudou para um barraco atrás do antigo lixão do Bairro Jardim Noroeste, em Campo Grande, e, em breve, o casal vai ter que cuidar do 5º filho que nasceu com má formação no intestino e terá que usar bolsa de colostomia até um ano de idade.
Foi por uma publicação nas redes sociais que Ana Rafaela contou seu drama e pediu ajuda. Sem celular, ela usou um aparelho emprestado da amiga na esperança de conseguir doações para receber seu filho recém-nascido no barraco onde a família mora.
O pequeno Calebe nasceu prematuro, de 34 semanas, dentro da viatura do Corpo de Bombeiros, a caminho da Santa Casa. No dia seguinte, os médicos informaram que o menino tinha uma má formação no intestino e nasceu sem a abertura do ânus.
O bebê passou por uma cirurgia e, desde então, segue na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Neonatal do Hospital Universitário. Ele precisou colocar bolsa de colostomia para desvio do trânsito intestinal e, segundo a mãe, deverá viver com ela até completar um ano de idade, quando é esperada a realização de novo procedimento.
“Eu descobri que estava grávida com cinco meses de gestação. Deu tempo de fazer só um exame pré-natal e não sabia que era menino. Poucas semanas depois, o Calebe nasceu e eu só tenho alguns pacotes de fraudas, uma banheira e poucas roupinhas que ganhei. Não tenho condições para comprar o que ele precisa”, relata a mãe do recém-nascido.
No barraco, Ana Rafaela mora com o marido e quatro crianças entre 2 e 9 anos. Eles possuem apenas duas camas, uma de casal e outra de solteiro. Os menores dormem no sofá. Também não tem fogão, a família cozinha na lenha. Chuveiro só com água fria, no banheiro sem rede de esgoto. Falta qualquer tipo de conforto e até o básico.
“Quando morávamos na casa alugada tínhamos nossas coisas, mas fomos furtados. Um caminhão de mudança parou em frente a minha casa e levaram tudo. Por sorte, uma mulher me cedeu um barraco aqui porque não teríamos para onde ir”, conta.
Para manter a casa, Ana Rafaela recebe o auxílio do Programa Bolsa Família. Ela diz que o marido trabalha com todo tipo de serviço na tentativa de trazer o sustento. Porém, não tem sido o suficiente.
Calebe que está com apenas 1,5 kg e 30 centímetros deve receber alta médica até o fim da semana, assim que começar a ganhar peso.
“Não vou mentir, toda ajuda é bem-vinda, a gente precisa até de comida. Mas se eu tivesse, pelo menos, um fogão para esquentar água e dar banho no bebê ou o leite especial que ele tem que tomar ficaria mais aliviada”, desabafa a mãe.

Mesmo contando com a solidariedade das pessoas, Ana Rafaela sabe que o melhor para sua família seria ter uma casa digna para morar. Ela diz que há cerca de 10 anos espera na fila para receber moradia do Governo.
Enquanto a situação que era difícil parece ainda mais pesada, quem quiser ajudar o pequeno Calebe e a família com doações de roupas, alimento, materiais de higiene e até móveis e eletrodomésticos deve entrar em contato pelo telefone (67) 9181-9450.
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