• Diretor de Redação Ulysses Serra Netto

Geral

Delegado e investigador presos na Omertà são afastados

Terça-feira, 23 Junho de 2020 - 09:10 | Redação


O delegado Márcio Shiro Obara, titular da 2ª Delegacia de Campo Grande, e o investigador Célio Rodrigues Monteiro foram oficialmente afastados de suas funções. A medida da Polícia Civil está publicada na edição de hoje do Diário Oficial. Eles foram preso na terceira fase da Operação Omertà, que apura uma organização armada acusada de execuções.

As publicações são assinadas pelo corregedor-geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Márcio Rogério Faria Custódio. A medida teve como base a prisão preventiva do delegado e do investigador. As prisões foram decretadas pela 7ª Vara Criminal, cumpridas na última quinta-feira (18) durante a Operação Omertà.

O delegado e o investigador Célio foram afastados compulsoriamente das funções, pelo prazo em que perdurar a medida judicial. Assim, serão recolhidas armas, carteira funcional e outros pertences do patrimônio público destinados. Também são suspensos logins e senhas de acesso aos bancos de dados da instituição policial.

Márcio Obara era investigado desde a primeira fase da Omertà, em setembro de 2019. Ele era suspeito de receber propina de R$ 100 mil para não investigar a execução de do policial da reserva e chefe da segurança da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul em 2018. A suspeita é que o delegado tenha ocultado provas, incluindo prints de diálogos relacionados ao planejamento da execução. Outros materiais e documentos também não constaram no inquérito policial, confirme afirma o Gaeco. Neste período o delegado era titular da Delegacia de Homicídios (DEH).

O investigador da DEH, Célio Rodrigues Monteiro, também preso na quinta-feira (18), teria auxiliado Obara. Para o Gaeco, parte da propina recebida pelo delegado foi repassada a ele, que comprou com isso um imóvel. O delegado teria repassado ao investigador R$ 50 mil e posteriormente R$ 10 mil. Além disso, Obara teria assediado outros delegados para que não investigassem as execuções.

 

SIGA-NOS NO Google News