Geral
Construção de casas populares põe fim à espera de anos na Capital
Após 8 anos, famílias da Cidade de Deus vão trocar os barracos por casas de alvenaria, com acabamento
Sexta-feira, 05 Agosto de 2022 - 13:00 | Redação

Um contingente de 40 trabalhadores, formado por pedreiros, carpinteiros, pintores, azulejistas, muitos deles residentes há mais de 3 mil quilômetros de Campo Grande, está em ritmo acelerado para entregar até o final do ano as últimas 98 casas em construção no Residencial José Teruel, destinadas ao grupo de famílias remanescentes da ocupação Cidade de Deus
Após 8 anos de espera, essas pessoas vão trocar os barracos por casas de alvenaria, com todo o acabamento. No mês passado foram entregues as primeiras nove unidades e neste mês serão entregues mais 18 casas.
Mestre de obras da empresa contratada para terminar as casas (que tiveram a construção interrompida em 2015), Janio Capistanio da Silva é de Manaus, está há dois meses em Campo Grande. As condições climáticas da Capital, na opinião de Jânio, vão garantir até a antecipação do cronograma de obras.
“Aqui o tempo é bom, são vários dias consecutivos de estiagem. Em Manaus, nesta época do ano, chove praticamente todo dia”. Segundo ele, as estruturas das casas que apresentavam rachaduras e foram avaliadas pelos engenheiros com risco de ruir forram demolidas e reconstruídas.

Entre os moradores, que assistem dos barracos erguidos no fundo dos lotes o andamento das obras, a ansiedade aumenta na proporção do avanço dos trabalhos. Quem experimenta esta situação é Jéssica Arce da Silva, 27 anos, que se mudou para a ocupação quando ainda era uma adolescente.
Ela mora no último lote da antiga ocupação, no final das ruas Josefina Daniel Pupin e Lepoldina de Queiroz. Pelo local desce a enxurrada da parte alta do Teruel que inúmeras vezes alagou seu barraco. Sua casa, que está quase pronta, inclusive com forro, faltando apenas receber a pintura, tem escada e uma rampa nas laterais para evitar futuros alagamentos.
“Uma vez acordamos e a água estava na altura do meu joelho. Foi assustador, tiramos as crianças correndo, a comida, o que deu para salvar”, relata ela que mora há 10 anos na comunidade.

Caprichosa, Jessica apresenta a casa e já sonha com o dia da mudança. “O barraco não aguenta mais e nem nós. Quando chove é ruim, quando tem poeira também. Não vejo à hora de entrar, de mudar e poder cuidar da nossa nova casa”. Na residência vão morar ela, o marido que trabalha na Solurb e as duas filhas.
Estruturas - As casas têm 46,07 m² de área construída, são forradas e pintadas. Contam com sala, dois quartos, banheiro e cozinha. O investimento total das 98 unidades é de R$ 5,7 milhões.
Para o pedreiro André Luis, que além de ganhar a casa no José Teruel ainda conseguiu um emprego, a comemoração é em dobro. “Eu fazia bico de pedreiro junto com a coleta de reciclagem, quando a empresa chegou para construir minha casa e ainda me contratou. Agora só faltam as janelas e finalizar a pintura”, contou ele, que vai morar na unidade com os filhos.

Histórico - Das 328 famílias que ocupavam barracos na antiga comunidade Cidade de Deus, 202 já estão em suas moradias. Sendo 42 famílias do Vespasiano Martins, que foram realocadas para o Loteamento Parque dos Sabiás, entregue em julho de 2021.
E mais 136 casas no Bom Retiro concluídas em agosto de 2021 no programa Ação Casa Pronta, que foi premiado nacionalmente e integrante do banco de boas práticas das ODS – Agenda 2030 da ONU. Para a finalização do programa habitacional, a Prefeitura de Campo Grande conta com a parceria da Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul (Agehab).

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