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Capital não tem foco do mosquito transmissor da febre Oropouche, diz Sesau

Secretaria afirma ter tomado várias medidas após confirmação do primeiro caso na cidade

Sexta-feira, 14 Junho de 2024 - 17:30 | Redação


Capital não tem foco do mosquito transmissor da febre Oropouche, diz Sesau
Vírus é transmitido por mosquitos e pode circular em ambientes silvestres e urbanos (Foto: Reprodução)

Depois de registrado o primeiro caso de febre do Oropouche (FO) em Campo Grande, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) divulgou nota pública sobre o caso.

Conforme o órgão, não há foco do mosquito transmissor na Capital até o momento. A mulher que teve a doença diagnosticada contraiu o vírus na cidade de Ilhéus, na Bahia, onde passava férias, no início de junho. 

Conforme a secretaria, assim que a FO foi confirmada por meio de exame laboratorial, algumas medidas foram tomadas:

–  O CCEV, Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais, foi informada para a realização de bloqueio de transmissão;

– Foram feitas orientações à paciente sobre meios de proteção individual para minimizar a transmissão;

– O caso segue em monitoramento pela Gerência Técnica de Endemias, CVE;

– Toda a rede de saúde pública e privada do município foi comunicada para identificar, investigar e comunicar casos potenciais no território que se enquadrem na definição de caso.

O caso - Mulher de 42 anos residente em Campo Grande apresentou febre, cefaleia e mialgia. O caso foi atendido em um hospital particular, e confirmado por exames no dia 11 de junho. A paciente segue em acompanhamento clínico, em bom estado geral, sem sinais de complicações.

Febre Oropouche - A Febre do Oropouche (FO) é uma doença causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae, transmitido pela picada de mosquitos do gênero Culicoides, principalmente Culicoides paraensis e C.

Existem dois tipos de ciclos de transmissão da doença:

– Silvestre: os animais como bichos-preguiça e macacos são os hospedeiros do vírus.

– Urbano: Nesse ciclo, os humanos são os principais hospedeiros.

– O primeiro caso no Brasil foi registrado em 1960, a doença é mais comum na região amazônica, mas também já foram relatados casos na Argentina, Bolívia, Equador, Peru, Panamá e Venezuela. Este ano, 6.207 amostras de sangue deram positivo para a presença do vírus no Brasil, no ano passado foram 835. Junto com Mato Grosso do Sul, outros 16 estados já registraram casos da doença.

Sintomas e tratamento - Os sintomas da FO são bem parecidos com os da dengue e da Chikungunya. O quadro clínico agudo evolui com febre de início súbito, cefaleia (dor de cabeça), mialgia (dor muscular) e artralgia (dor articular). Outros sintomas como tontura, dor retro-ocular, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos também são relatados. Os sintomas duram de 2 a 7 dias, com evolução benigna e sem sequelas, mesmo nos casos mais graves.

O diagnóstico é clínico, epidemiológico e laboratorial, e todo caso deve ser notificado às autoridades em saúde.

Não há tratamento específico para a FO. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico.

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