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Campo Grande teve 391 novos diagnósticos de hepatites virais desde 2020
Desafio é diagnóstico de assintomáticos para iniciar tratamento, diz médica hepatologista
Domingo, 19 Maio de 2024 - 14:14 | Laura Cação

Aumentar as testagens é um dos principais desafios para que seja cumprido o plano do Ministério da Saúde de estancar a epidemia de hepatites virais e erradicar a hepatite C até 2030. A hepatite C, tem cura e é responsável por 70% dos óbitos por hepatites virais e a B, que possui tratamento eficaz, mais de 20%.
Em Campo Grande, desde 2020 até o dia 09 de maio de 2024, foram 391 novos diagnósticos de hepatites virais, sendo que nos anos de 2020 e 2021 as notificações dos casos caíram substancialmente em decorrência da pandemia de Covid-19, conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau). Desses, 160 casos são de hepatite B e 230 de hepatite C, além de uma coinfecção, por ambos. Não houve notificação de hepatite A.
A gastroenterologista e hepatologista da Unimed Campo Grande, Luciana Araújo Bento explica que o termo “hepatite”, é um nome genérico que significa inflamação no fígado, podendo ser causada por vírus, álcool, agressão autoimune e mesmo por medicamentos e chás.
A mesma explica que as hepatites mais comuns são as causadas por vírus. São doenças de comportamento bem diferentes. A hepatite A, por exemplo, causada pelo vírus HAV, é comum na infância, autolimitada e não se torna crônica. A hepatite B, causada pelo vírus HBV, pode se tornar crônica e causar cirrose e câncer do fígado. É transmitida por sangue e via sexual. A hepatite C, causada pelo HCV, também é grave, se torna crônica e pode causar cirrose. É transmitida por sangue e via sexual. Neste sentido, a prevenção passa pela conscientização sobre os modos de transmissão. “Não compartilhar agulhas e seringas, usar preservativo, não compartilhar utensílio de manicure e lâminas de barbear”, orienta a médica, lembrando que há vacinas eficazes e seguras para hepatite A e B.
Sobre os sintomas, muitas vezes a doença é assintomática, mesmo sendo grave, levando a insuficiência hepática e até óbito, daí a importância dos exames para o diagnóstico precoce e início do tratamento. “Hoje o tratamento é eficaz, inclusive fornecido pelo SUS e com poucos efeitos colaterais. Hepatite C tem cura e a Hepatite B tem tratamento de controle”. Quando há sintomas, é preciso estar atento aos olhos amarelos, fadiga, febre, dor abdominal, náuseas, urina escura e fezes esbranquiçadas.
Lucina Bento elenca, ainda, outras formas de hepatite que merecem atenção. Vírus como o da dengue também afetam o órgão e, geralmente, o quadro se resolve em poucas semanas. Um alerta especial para hepatites medicamentosas, que são muito comuns e preocupantes. “A automedicação é um problema sério. Assim como abuso de suplementos, chás e vitaminas. Hepatite alcoólica também é muito grave mesmo que o paciente não desenvolva cirrose”, avisa a especialista.
Um movimento das Unimeds que conecta todos da cooperativa em torno do “cuidar”, que é a essência da marca, define um novo padrão de cuidado com a saúde e com o bem-estar das pessoas, proporcionando uma experiência positiva e única aos beneficiários, clientes e à comunidade em geral.
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