Após episódio de racismo em aula, aluna de 4 anos não quer voltar para a escola

Pai de aluna que sofreu racismo afirma que vai atrás de justiça. A menina que estuda na Rede Municipal de Ensino (Reme) foi vítima de racismo na última sexta-feira (07) durante uma aula de educação física.  A criança de 4 anos relatou aos pais que durante atividade em sala de aula, a professora teria dito que seu cabelo, que é crespo, era feio e que ela não poderia ser preta.

O pai da vítima procurou a coordenação da escola, que negou ter conhecimento do caso. Ele relatou que teria sido mal recebido nas dependências do colégio e foi informado que a instituição disponibilizará uma psicóloga para acompanhamento psicológico da criança de 4 anos.

Em entrevista a equipe do Diário Digital, o pai da vítima, que prefere não se identificar, relatou que tomará medidas judiciais sobre o caso. "Porque eu vou entrar com ação, sim, contra essa professora, contra a prefeitura, não sei. O que tiver para fazer eu vou fazer." afirmou o homem de 29 anos.

Revoltado com o episódio sofrido pela filha, ele relata que a criança de 4 anos não quer voltar para a escola. "Ela não quer ir à escola e assim que cheguei em casa, depois da reunião, a minha filha de 4 anos, falou para mim não quero que a professora chegue perto dela, ela me falou isso, então olha a cabeça de uma menina de quatro anos", contou o pai.

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) informou que o caso foi apurado pela direção da escola e não procede. Na ocasião, a coordenadora da escola estava no pátio onde a aula ocorria e nada do que foi relatado pelos pais da aluna.

Caso o crime seja constatado, a professora deve responder pelo crime de racismo, enquadrado na lei de n° 7.716 que afirma que injuriar alguém, ofendendo lhe a dignidade ou o decoro, em razão de raça, cor, etnia ou procedência nacional, é crime, podendo pegar de 2 a 5 anos de reclusão.