Geral
Amigos de Camila bradam contra a transfobia
Vítima de estupro e espancamento, mulher trans está internada e passará por segunda cirurgia
Sexta-feira, 02 Julho de 2021 - 17:56 | Redação

Ajudar Camila Ferreira a se reerguer e unir forçar para o combate à transfobia foram as motivações que levaram dezenas de pessoas a participar de carreata nesta sexta-feira, 2 de Julho, em Campo Grande (MS). Camila passa pela segunda cirurgia no Hospital Universitário, em menos de uma semana, por conta do estupro.
O ponto de concentração do grupo foi em frente a uma academia, na Vila Sobrinho, próximo ao local onde a mulher trans foi sequestrada, na manhã de 18 de junho. Após uma oração coletiva pela recuperação de Camila, os manifestantes seguiram em carreata até a Praça Ari Coelho, no Centro.
Um dos organizadores é Robson Faciroli, 41 anos, representante das matrizes africanas e colega de Camila há 15 anos. "O maior intuito é pedir justiça. A Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher tem trabalhado para localizar os responsáveis. Mas que as pessoas se solidarizem. Ajudem. Nossa luta é pela paz".
Segundo a advogada de Camila, as investigações na Deam estão avançadas, mas em segredo de justiça por enquanto. "São crimes bárbaros, sequestros, cárcere, estupro, que devem ser punidos com rigidez e, logo, os responsáveis estarão presos".
Desde que o caso veio à tona, amigos e pessoas que se solidarizaram com o triste caso, criaram uma vaquinha solidária para custear o tratamento de Camila. Acesse aqui
Isabelle Ramos é uma das pessoas que está por traz da vaquinha. " Eu não a conheço pessoalmente, mas conheço a dor que ela sente por ser LGBTQIA+. Nós estamos aqui, não por uma luta por orgulho, mas por existir", comentou Isabelle, liderança de juventude.
"Com a manifestação, a gente estimula a sociedade a denunciar. Quantas Camilas passam por isso em silêncio. Precisamos mostrar que essas pessoas não estão sozinhas. Ninguém tem que sofrer sem apoio", disse o Subsecretário Estadual de Políticas Públicas LGBT, Leonardo Bastos.
O crime - Segundo as autoridades, Camila foi sequestrada por dois homens na Vila Sobrinho, e levada para uma residência, onde ocorreu o estupro, no dia 18 de Junho. Após ser abandonada na rua com vários ferimentos, a mulher precisou passar por cirurgia devido a complicações decorrentes da violência sexual sofrida.
“Ela foi sequestrada por dois homens, foi estuprada por dois homens, foi obrigada a fazer sexo com um cão. E foi espancada e o único pecado dessa mulher é ser trans", relatou uma familiar à época.
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