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Em novo protesto contra aprovação de leis, bolivianos fecham a fronteira com Corumbá

O "Paro" é uma manifestação nacional e por tempo indeterminado

Segunda-feira, 08 Novembro de 2021 - 15:37 | Suzy Jarde Vera


Em novo protesto contra aprovação de leis, bolivianos fecham a fronteira com Corumbá
Antes do fechamento da fronteira, houve conflito entre alguns manifestantes e Polícia permaneceu no local. (Foto: Divulgação/Diário Corumbaense)

Desde a zero hora desta segunda-feira, 08 de novembro, a fronteira da Bolívia com Corumbá, está fechada para o tráfego de veículos. Apenas é permitido que pessoas cruzem a pé ponte que delimita o território entre os dois países.

Os manifestantes fecharam o tráfego, do lado boliviano, pouco acima do Posto Fronteirizo, impedindo a passagem de veículos. O "Paro" é uma manifestação nacional e por tempo indeterminado. 

Durante o fechamento da fronteira, houve confusão entre apoiadores e não apoiadores do bloqueio.  A Polícia Nacional da Bolívia teve que intervir e controlou a situação, conforme informou, o coronel Franklin Villazon, comandante da Polícia Boliviana, em Puerto Quijarro.

Além da fronteira com Corumbá, existem outros pontos de bloqueios em cidades bolivianas e na estrada bioceânica, que liga o país andino ao Brasil.

“A fronteira permanecerá fechada até que o governo revogue a Lei N° 1386”, afirmou Antonio Chávez Mercado, presidente Comité Cívico Arroyo Concepción a este Diário.

A lei permite ao governo investigar o patrimônio de qualquer cidadão sem ordem judicial e levou a comissão multissetorial a convocar a greve nacional em repúdio a Lei de Estratégia Nacional de Combate à Legitimização do Lucro Ilícito e Financiamento do Terrorismo e outras, como Lei do Plano de Desenvolvimento Econômico e Social. aprovadas sem consenso ou socialização pelo Movimento ao Socialismo (MAS) na Assembleia Legislativa Plurinacional (ALP), em Santa Cruz de La Sierra.

“Temos um compromisso com a população boliviana, nos unimos a esta greve pela liberdade e justiça do povo boliviano”, disse Rómulo Calvo, que é presidente do Comitê Cívico pró Santa Cruz. Assegurou que será uma medida de pressão "pacífica" e advertiu o presidente Luis Arce que não permita confronto com a população. “Se houver luto, morte e sangue nesta greve, você (Luis Arce) será o responsável, está configurando um genocídio, é isso que os bolivianos têm que ver”, acrescentou.

Os pontos de bloqueios

Conforme o jornal El Deber, a Polícia Boliviana informou 86 pontos de bloqueio na cidade de Santa Cruz, com a mobilização de cerca de 2.000 pessoas; no resto do país a situação seria normal, segundo o comandante Jhonny Aguilera.

“Patrulhas foram mobilizadas para evitar contingências, cerca de 30 pessoas bloquearam também em Suticollo (Cochabamba), mas no resto do país, há normalidade”, disse o autoridade.

Ele ainda mencionou que da mesma forma, em Puerto Suárez, na fronteira com o Brasil, existem três pontos de bloqueios, que estão sendo levantados para restabelecer a passagem de veículos motorizados e um dispositivo especial de segurança também está sendo executado em La Paz, onde organizações vinculadas ao Governo vão comemorar o primeiro ano da presidência de Luis Arce.

(Informação Diário Corumbaense)

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