Times de futebol brasileiro aderem cada vez mais ao universo dos e-Sports

Os campeonatos de e-Sports já são um sucesso. O público lota os estádios e, em 2019, mais de 1 bilhão de dólares foi movimentado. Os equipamentos usados por esses jogadores precisam de uma tecnologia avançada e atualizada, além disso, uma boa cadeira proporciona maior conforto para jogar e treinar.

O público é fanático e, em sua maioria, composto de jogadores amadores, que passam horas em frente às telas. As proporções dos e-Sports estão crescendo e, com a visibilidade, investidores começam a surgir.

Sabendo disso, muitos clubes de futebol estão acompanhando essa evolução e apostando na modalidade que transborda potencial no presente e no futuro. Essa movimentação não é recente, já que as primeiras iniciativas de entrar no setor aconteceram em 2015.

De lá para cá, algumas estratégias e parcerias deram certo, enquanto outras foram reformuladas. A tendência é que mais times invistam no setor dos esportes eletrônicos. Apesar de apostarem em jogos como FIFA e PES, dedicados ao futebol, os clubes também possuem equipes em games de batalha como o League of Legends (LOL).

Conheça a trajetória de alguns times nacionais no mundo dos esportes eletrônicos e veja a evolução deles ao longo dos anos.

Santos - Pioneiro no setor, o Santos firmou uma parceria com a Dexterity Team, uma equipe que já estava no mercado e atuava em diversas modalidades. O time competiu nos seguintes jogos: LOL, CS:GO e Rainbow Six Siege (R6). Apesar de não conseguirem grandes resultados, jogadores importantes passaram por lá.

Depois disso, em 2018, o clube santista encerrou a parceria com a Dexterity Team, trocando-a pela Select e-Sports. Nesse novo momento, eles competiram nas mesmas modalidades. A equipe feminina que competiu no CS:GO ficou entre as melhores do país.

Em 2020, a corretora de investimentos global HotForex fez sua estreia no universo dos jogos eletrônicos. Ela entrou como patrocinadora do Peixe, que agora chama Santos HotForex e-Sports. A equipe participa das quatro competições principais que acontecem no Brasil.

Corinthians - O Corinthians não ficou de fora da tendência e teve o seu primeiro contato com o mundo dos esportes eletrônicos em 2017. Na época, o clube firmou uma parceria com a organização RED Canids, competindo nas modalidades League of Legends e Rainbow Six Siege.
O time não teve títulos, mas apresentou bons resultados no LOL e na equipe de R6.

Em 2018, João Paulo Garcia, conselheiro do Corinthians, passou a ser sócio da RED — terminando a parceria do timão com a equipe. O clube seguiu nos e-Sports e contratou Felipe Mestre, que é jogador de PES.

Em 2019, houve uma grande mudança. Em parceria com a Immortals Gaming Club, o Timão lançou sua primeira equipe oficial de jogos eletrônicos e contratou nomes de peso. No mesmo ano, o clube foi campeão mundial de Free Fire.

Flamengo - Outro clube brasileiro que está atuando nos esportes eletrônicos é o Flamengo. Entretanto, ao contrário dos outros times que disputam em diferentes modalidades, o foco do Flamengo é somente o League of Legends.

Para isso, eles contaram com a ajuda do principal jogador de LOL do Brasil, o Felipe brTT. A parceria de sucesso garantiu três vice campeonatos nas competições de Riot Games.

Em 2019, o rubro-negro conquistou o primeiro lugar no Campeonato Brasileiro de League of Legends, também conhecido como CBLoL. Apesar da trajetória com vitórias marcantes, Felipe anunciou sua saída da equipe de LOL do Flamengo.

Mercado em expansão - Os números justificam as iniciativas dos times. Hoje, para cada pessoa que pratica futebol, existem dois jogadores de videogame. Em 2019, os e-Sports movimentaram um montante equivalente a mais de 1 bilhão de dólares. A expectativa para 2020 é
uma cifra de US$ 1,5 bilhão.

Um dos pontos que chamam atenção é o volume do público nas competições de esportes eletrônicos, que já supera os tradicionais. Em 2019, foram mais de 450 milhões de espectadores. O setor segue em expansão, e o Brasil apresentou um aumento de 20% na audiência do último ano.

Além disso, vale lembrar que os brasileiros representam a terceira maior audiência em todo o mundo, ficando atrás da China e dos Estados Unidos. Hoje, os veículos esportivos já criaram uma editoria especial para acompanhar a modalidade, que tende a crescer nos próximos anos.