Professores municipais paralisam atividades para reivindicar reajuste salarial

Os professores da Rede Municipal de Ensino (Reme) paralisaram as atividades na manhã desta sexta-feira, 25 de novembro, e se reuniram em frente à Prefeitura Municipal de Campo Grande para reivindicar a aplicação do reajuste de 10,39% referente ao mês de novembro deste ano. A greve foi decidida ontem (24) em Assembleia Geral Extraordinária.

A paralisação das atividades ocorre após resposta encaminhada pela Prefeitura, por meio do Ofício n. 4383/SEGES, não garantir a aplicação do reajuste. A correção está prevista na Lei Municipal n. 6.796/2022 - Piso 20h Reme. O documento enviado pelo executivo municipal contempla apenas a correção do mês de dezembro em 4,7891%, também previsto na Lei do Piso 20h.

Conforme o presidente Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP), Lucilho Nobre, as primeiras reuniões entre a ACP e a Prefeitura foram incertas. "Na primeira reunião foi um momento muito ruim. Não deram a garantia de cumprimento da Lei. Mas, posteriormente, encaminhou um documento ao Sindicato a tarde dizendo que cumpre o de dezembro, 4,78%. Mas deixa o de 10,39%. Então não dá para abrir mão de nenhum valor", explica.

O movimento de professores ocorre desde às 08h da manhã, com esperado de três mil integrantes da luta. "Hoje, essa greve é para isso [garantir o reajuste]. Já está garantidoque vai cumprir. Como? É ela que tem que cumprir o dever de casa, a categoria está trabalhando, cumprindo o dever dele. Agora cabe à Prefeitura cumprir com a categoria", declara. O presidente explica que o Sindicato solicitou reunião com a prefeita Adriane Lopes às 10h desta sexta-feira, a fim de tratar quanto à reinvidicação da categoria.

No último dia 23, o presidente da Câmara dos Vereadores, Carlos Augusto Borges (PSB), o Carlão, explicou em entrevista ao Noticidade Primeira Edição mudanças que devem ser feitas durante a troca de governadores. Quanto à categoria dos professores da Reme, foi categórico em dizer que a prefeitura não tem dinheiro para conceder reajuste salarial aos professores. “Não tem dinheiro para décimo terceiro da prefeitura, nesse momento a prefeita conta com dinheiro do Refis e ajuda do governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja para honrar com o pagamento”, informou.

Sindicato espera movimento com 3 mil professores - (Vídeo: Thays Schneider)

Mesmo com a paralisação, o sindicato garante que os professores irão repor o dia interrompido, a fim de respeitar a legislação em vigor quanto à carga horária do aluno. Após o ato da manhã, haverá assembleia geral no sindicato para deliberar as próximas ações da categoria.

Outro lado - O Diário Digital tentou contato com a Secretaria Municipal de Educação (Semed) para esclarecer questionamentos quanto às aulas paralisadas e possibilidade de reajuste. A reportagem não obteve resposta até a publicação deste material.