• Diretor de Redação Ulysses Serra Netto
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EDU REJALA

Professor, consultor e Chef Nikkei, especializado na fusão das cozinhas peruana e japonesa. Idealizador do projeto 'O Cromossomo do Amor' que ensina técnicas da cozinha para jovens com síndrome de down.

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Uma bica, se faz favor

Segunda-feira, 16 Dezembro de 2019 - 17:46


Uma bica, se faz favor

Quem me conhece ou me acompanha nas redes sociais sabe da minha paixão por esse “pretinho”. Servido tradicionalmente quente, intenso, cheiroso e delicioso é nosso "cafezin" de cada dia.

Com açúcar ou sem açúcar, cafezeiros de plantão, estamos juntos !!! (rsrsrs)

E já adianto para vocês que quem toma 4 xícaras de café por dia tem menor risco de morrer de ataque cardíaco.

Ps.: 97% da população adulta no Brasil consome café em algum momento do dia.

(Fonte: hypeness.com.br)

“Uma bica, se faz favor”.

Quem já ouviu essa expressão?

Pois eu já, lá do outro lado do oceano (Atlântico) durante minha jornada em Lisboa, Portugal. É uma simples e gentil forma de pedir um cafezinho em terras portuguesas. “Um café, fazendo favor."

Café “A Brasileira” em Lisboa

Um café super famoso em Lisboa é o histórico A Brasileira, também conhecido como ”A Brasileira do Chiado”. Localizado em um dos bairros de Lisboa mais movimentados e boêmios, o café foi fundado em 1905 junto ao Largo do Chiado e logo se tornou um dos pontos de encontro dos intelectuais e artistas da cidade, sendo o frequentador mais conhecido o escritor português Fernando Pessoa, o qual ganhou, nos anos 80, uma estátua em tamanho real em frente ao café. Até hoje, o Café A Brasileira preserva todo seu charme e elegância, com sua decoração clássica e seu café genuinamente brasileiro, que sempre foi famoso e apreciado pelos portugueses. A dica é apreciar um bom café, sentado junto às mesas da parte de fora e ver a vida passar mais tranquila nesta parte da cidade e claro, tirar uma foto com a estátua do grande escritor português! Fica na Rua Garrett, 120-122

(Fonte: www.dicasdelisboa.com.br)

Foi em portugual que apaixonei pelo café e é curioso como essa bebida é tao consumida pelas ruas de Lisboa que praticamente em cada quadra tem alguém comercializando esse líquido perfeito originário das terras altas da Etiópia e difundido para o mundo através do Egito e da Europa.

Na Ásia, África e América

Uma bica, se faz favor
Café na Palestina em 1900. Imagem estereoscópica de Keystone View Company.

Em 1475, surgiu em Constantinopla a primeira loja de café, produto que para se espalhar pelo mundo se beneficiou, primeiro, da expansão do Islã e, em uma segunda fase, do desenvolvimento dos negócios proporcionado pelos descobrimentos.

Por volta de 1570, o café foi introduzido em Veneza, Itália, mas a bebida, considerada maometana, era proibida aos cristãos e somente foi liberada após o papa Clemente VIII provar o café.

Na Inglaterra, em 1652, foi aberta a primeira casa de café da Europa ocidental, seguindo-se a Itália dois anos depois. Em 1672, coube a Paris inaugurar a sua primeira casa de café. Foi precisamente na França que, pela primeira vez, se adicionou açúcar ao café, o que aconteceu durante o reinado de Luís XIV, a quem haviam oferecido um cafeeiro em 1713.

Na sua peregrinação pelo mundo o café chegou a Java, alcançando posteriormente os Países Baixos e, graças ao dinamismo do comércio marítimo holandês executado pela Companhia das Índias Ocidentais, o café foi introduzido no Novo Mundo, espalhando-se nas Guianas, Martinica, São Domingos, Porto Rico e Cuba. Gabriel Mathien de Clieu, oficial francês, foi quem trouxe para a América os primeiros grãos.

(Fonte: pt.wikipedia.org)

Pelo nosso Brasil

A origem do café no Brasil encontra-se no século XVIII. As primeiras mudas de café foram plantadas ainda pelos idos de 1720, na província do Pará. A pessoa que teria trazido as primeiras sementes do café para o Brasil foi Francisco de Melo Palheta, após viagem à Guiana Francesa.

As primeiras grandes lavouras de café surgiram na Baixada Fluminense e no Vale do rio Paraíba, nas províncias do Rio de Janeiro e de São Paulo.

O solo e o clima da região favoreceram a produção do café, que se destinava a atender ao mercado consumidor da Europa e dos EUA. Os africanos escravizados formaram a força de trabalho para laborarem no cultivo, colheita e beneficiamento do café. O transporte para o porto do Rio de Janeiro, de onde inicialmente era exportado, era feito no lombo das mulas.

A partir de 1837, o café tornou-se o principal produto de exportação do Brasil Império. Os grandes lucros decorrentes da exportação do café enriqueceram os grandes fazendeiros, os chamados “Barões do café”, e sustentaram financeiramente o Império brasileiro.

(Fonte: escolakids.uol.com.br)

Kopi Luwak

O café mais caro (e curioso) do mundo

Tive a oportunidade de provar essa iguaria quando uma amiga esteve pela Indonésia e me presenteou com  esses maravilhosos e curiosos grãos . Levei até a cafeteria do meu amigo Henrique (Japa) e degustamos o famoso Kopi Luwak. Maravilhoso, dos deuses e bemmm cremoso. (rsrsrs) 

A curiosidade é que os grãos usados para preparar o café mais caro do mundo são, necessariamente, expelidos nas fezes da cevita antes de irem para as prateleiras. Produzido nas ilhas de Sumatra, Bali e Java, o quilo do Kopi Luwak custa, em média, US$ 500 (R$ 1.000), na Indonésia.

Os grãos passam por um processo muito especial de preparação, que fornece aroma e sabor únicos à bebida: antes de serem torrados, eles são ingeridos e processados pelo estômago e intestino de pequenos civetas.

O que é Café Arábica ? 

Originário da Etiópia e cultivado pelo mundo todo, o Arábica foi uma das primeiras espécies de café a ser produzida. Este nome, “arábica”, se deve muito provavelmente ao fato da Arábia ter sido responsável pela propagação da cultura do café.

O Arábica se caracteriza por produzir cafés mais finos e requintados. São plantados a altitudes superiores a 800 metros, consideradas ideais para a produção de cafés de qualidade superior. Seu aroma é intenso e os sabores são bastante variados, bem como níveis de corpo e acidez.

Esse tipo de café costuma passar por cuidados minuciosos desde a lavoura até o ensacamento. Isso resulta em um café com notas complexas e maior valor de mercado. No Brasil, a produção de Arábica está centralizada em Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Bahia. O Espírito Santo, embora também produza arábica em menor quantidade, acompanha Roraima como produtor do café robusta.

Tipos de Café Arábica

A espécie arábica se divide em inúmeras variedades. Não é à toa que ele é responsável por cerca de três quartos da produção mundial da bebida! É importante destacar que um café, para ser considerado especial, deve ser constituído de grãos 100% arábica. Cada uma delas se destaca por suas características sensoriais, e temos várias sendo produzidas aqui no Brasil. Confira algumas dessas variedades:

- Bourbon

Esta variedade se divide em duas: Bourbon Vermelho e Bourbon Amarelo. Trata-se de uma das mais famosas, exclusivas e procuradas do mercado de cafés especiais. A variedade Bourbon é marcada pelo aroma de intensidade maior, sabor adocicado e uma textura achocolatada e suave.

O solo, clima, altitude e processos de secagem são fundamentais para maximizar todas as suas características. É um café que requer atenção, cuidado e conhecimento.

- Catuaí

Outra variedade que apresenta subdivisões: você pode encontrar Catuaís Vermelhos e Amarelos no mercado. A principal diferença entre os dois é que o Catuaí Amarelo é menos encorpado; um blend entre as duas subvariedades pode apresentar resultado satisfatório.

O café de acidez média pode ser considerado leve e suave, e o aroma é adocicado. Sua doçura natural é decorrente da intensa absorção dos açúcares naturais do fruto pelo grão. Isso ocorre por causa do processo de maturação, e permite que a bebida seja apreciada sem necessidade de adição de açúcar. O café, que pode ser considerado rústico, é amplamente cultivado aqui no Brasil.

- Catucaí

Resultado do cruzamento das variedades Icatu e Catuaí, a variedade Catucaí é mais uma que se divide em Vermelho e Amarelo. Semelhante ao Catuaí, a bebida de um café dessa variedade também apresenta doçura natural. Suave e de acidez média, o café apresenta também sabor cítrico e frutado.

O aroma marcante é mais uma característica do café de alta qualidade, que pode ser também utilizado para blends por ser bem encorpado.

- Mundo Novo

A variedade Mundo Novo resulta em cafés extremamente saborosos e de altíssima qualidade, sendo assim muito requisitados. Presente principalmente em Minas Gerais e São Paulo, o café exige cuidados especiais em seu plantio por ser propenso à ferrugem.

As três floradas garantem ao fruto boa uniformidade de maturação, além de diminuir a quantidade de grãos verdes obtidos na colheita. A bebida resultante tem sabor marcante e aroma suave, e o café é utilizado para várias receitas e drinks.

- Topázio

Muito encontrado em Minas Gerais, a variedade Topázio é o cruzamento entre as variedades Mundo Novo e Catuaí Amarelo. Seu cultivo é estável por conta do grande poder de adaptabilidade do grão. O resultado disso são plantações abundantes e de alta qualidade!

Trata-se de um café bastante saboroso e se sabor suave e complexo. Conta com um aroma intenso e cítrico e finalização agradável. É um café muito utilizado para cafés gelados.

- Icatu

O Icatu Vermelho é um híbrido entre o Robusta, Mundo Novo e Bourbon Vermelho; mais tarde, foi cruzado com Mundo Novo e Bourbon Amarelo e resultou no Icatu Amarelo. Trata-se de um cultivar resistente à ferrugem e de alta produtividade.

Cafés dessa variedade podem apresentar aromas florais e cítricos, bem como uma destacada acidez cítrica. Seu sabor costuma destacar caramelo.

- Acaiá

“Acaiá” significa “frutos de sementes grandes” em tupi-guarani. Essa variedade possui excelente produtividade e pode harmonizar bem com grãos Bourbon por seu sabor forte e corpo intenso.

Suave e sofisticado, o café da variedade Acaiá apresenta notas aromáticas frutadas, sabor achocolatado e acidez média.

(Fonte: blog.ucoffee.com.br)

BOM APETITE .!!!

“A gastronomia aproxima as pessoas. Onde tem comida, tem alegria e tem relacionamento” – Chef Edu Rejala.

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