Perícia mostra que facada que matou Ronaldo não foi acidental

A Polícia Civil de Corumbá (MS) prendeu nesta sexta-feira (16) a esposa de Ronaldo da Silva Freire, de 51 anos, sob suspeita de homicídio, após a conclusão do laudo da necropsia indicar que a facada que o matou não foi acidental. O mandado de prisão foi cumprido quando a suspeita compareceu à Primeira Delegacia de Polícia da cidade para registrar um boletim de ocorrência por calúnia e difamação.

Segundo informações divulgadas pelo Diário Corumbaense, os peritos concluíram que a profundidade, o ângulo e os danos provocados pela perfuração no corpo da vítima não condiziam com a versão apresentada pela esposa, de que o golpe teria sido desferido acidentalmente após um susto.

Ronaldo da Silva Freire morreu no dia 10 de maio de 2025, após dar entrada na Santa Casa de Corumbá em estado grave, vítima de uma facada no peito. Ele sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu. Devido às circunstâncias, o caso inicialmente foi registrado como "morte decorrente de fato atípico".

A primeira versão do ocorrido, relatada pela filha do casal, era de que Ronaldo teria surpreendido a esposa com um abraço por trás, o que teria provocado um golpe reflexivo da mulher, que estava com uma faca na mão. No entanto, familiares da vítima contestaram essa narrativa e relataram comportamento suspeito por parte da esposa desde o momento da morte.

Uma das irmãs da vítima informou que só foi comunicada sobre o falecimento 14 horas após o ocorrido, em pleno Dia das Mães. Além disso, a companheira de Ronaldo inicialmente teria afirmado que a morte foi causada por uma queda em casa, versão posteriormente desmentida. A pressa para enterrar o corpo, sem velório e sem que fossem realizados exames periciais, também levantou suspeitas.

Com as contradições nas versões e os indícios apurados pela perícia, a Polícia Civil solicitou a prisão preventiva da mulher, que seguirá para o estabelecimento Penal Feminino de Corumbá.