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Polícia

Operação bloqueia R$ 4 milhões em bens de organização ligada ao tráfico

Ação da Polícia Civil de Goiás cumpre 139 medidas judiciais em Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio de Janeiro

Terça-feira, 30 Setembro de 2025 - 11:11 | Luiza Ferraz


Operação bloqueia R$ 4 milhões em bens de organização ligada ao tráfico
Operação wstá sendo realizada em quatro estados brasileiros. (Foto: Luciano Muta)

A Polícia Civil de Goiás deflagrou, nesta terça-feira (30), a operação Fluxo Oculto, contra uma organização criminosa ligada ao tráfico de drogas e outros delitos. A ofensiva cumpre 139 medidas judiciais em Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Paraná, incluindo 10 mandados de prisão temporária e 23 de busca e apreensão domiciliar.

No Mato Grosso do Sul, equipes do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) deram apoio às diligências em Campo Grande, onde foram cumpridos três mandados de busca e apreensão nos bairros Itamaracá, Moreninhas e Coophatrabalho. Também estavam previstos mandados de prisão, mas os alvos fugiram horas antes da chegada dos policiais. A operação ainda teve desdobramentos em Cassilândia e Chapadão do Sul.

Como parte das medidas judiciais, a Justiça determinou o bloqueio de mais de R$ 4 milhões em bens e valores pertencentes às organizações investigadas. Segundo o delegado Haroldo Padovani, o grupo criminoso buscava drogas no Paraguai para abastecer cidades de Goiás.

Alvos e investigações

Além do tráfico de drogas, a operação também apura associação criminosa, lavagem de capitais, estelionato e furto qualificado mediante fraude eletrônica. As investigações começaram em Goiás, a partir de interceptações telefônicas, quebras telemáticas e bancárias contra um pequeno varejista do tráfico em Mineiros. As apurações revelaram conexões financeiras e logísticas que ligavam os fornecedores de drogas a alvos em Campo Grande e Goiânia.

Durante a investigação, uma mulher apontada como integrante da organização foi identificada como responsável por movimentar cerca de R$ 30 milhões. Ela já era alvo do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) e da Polícia Federal, foi presa no exterior e extraditada ao Brasil.

A ação estava inicialmente programada para ocorrer em aproximadamente um mês, mas acabou antecipada após decisão judicial que determinou a indisponibilidade dos valores. Segundo a Polícia Civil, havia indícios de que os principais investigados já tinham tomado ciência da apuração e buscavam se blindar das consequências legais.

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