Polícia
Executados no Coophavila II comemoravam aniversário, contam vizinhos
Idoso e vizinho foram executados a tiros por homens mascarados
Sábado, 21 Janeiro de 2023 - 09:48 | Victória de Oliveira e Ana Palma

Teófilo de Almeida Neto dava as boas-vinda aos recém 62 anos, completados no último dia 08 de janeiro. A comemoração na pequena casa do bairro Coophavila II, em Campo Grande (MS), no entanto, foi substituída por choque e lamentação dos amigos presentes na confraternização. O idoso foi executado a tiros na noite desta sexta-feira, 20 de janeiro, junto ao vizinho Thiago Anguita Ferreira, de 35 anos, por homens encapuzados.
Na rua Naim Dibo, o luto pelos vizinhos é notório. Os convidados estavam na varanda da casa de Teófilo e bebiam cerveja quando dois homens com o rosto coberto por toucas ninjas chegaram em motocicleta e efetuaram disparos no aniversariante. Depois, perseguiram Thiago, que correu para dentro da casa, e o mataram. A dupla fugiu após o crime.

Amiga de Teófilo há 37 anos, moradora da região conta que ‘Neto’ era conhecido no bairro por “ser doido”. “Ele não fazia mal pra ninguém. Era doido, andava com faca na cintura, mas não fazia mal a ninguém. Todo mundo já sabia quando ele estava bêbado”, lembrou. “Ele agradava todo mundo. Passava na minha casa me chamava falando ‘oi sangue B. Faz dois dias que não mato um’. Só que ele falava assim brincando”, explica.
A vizinha escutou os disparos da residência dela. Relata que estava na cozinha, com o sobrinho, quando ouviram os barulhos. “Assustei,meu sobrinho disse que era tiro e quando eu saí vi o Neto no chão. Não consegui abrir o portão no desespero”, conta. A mulher diz estar bastante abalada com o caso.

Tráfico de drogas - Thiago, no entanto, era mais retraído na vizinhança, conta a moradora. Segundo a moradora, ela e a vítima fatal não tinham contato. “Se não me procura, eu também não procuro”, contou. A Polícia Militar foi acionada ao local e encontraram na residência de Thiago, que fica na mesma rua onde ocorreu o crime, pouco mais de 15 quilos de maconha.
O homem mais novo era indiciado por tráfico de drogas em Campo Grande e Jardim, conforme apuração do Diário Digital realizada junto ao sistema de consultas do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS). Desde agosto, respondia o processo em liberdade e utilizava tornozeleira eletrônica.

O caso foi registrado como homicídio qualificado mediante recurso que dificulte a defesa do ofendido e tráfico de drogas na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do Centro Especializado de Polícia Integrada (Cepol). Os autores mascarados ainda não foram identificados.
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