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Polícia

Com tratores suposta proprietária de terrenos manda demolir casas e comércios no Bosque da Saúde

Famílias alegam que moram no local há mais de 15 anos e não tem nada irregular

Sexta-feira, 09 Fevereiro de 2024 - 10:10 | Thays Schneider e Keyla Santos


Com tratores suposta proprietária de terrenos manda demolir casas e comércios no Bosque da Saúde
Casas foram destruídas sem aviso (Foto Luciano Muta)

Famílias tem casas e comércios demolidos no Bosque da Saúde, em Campo Grande, sem aviso, uma suposta proprietária mandou tratores derrubarem as residências que estão construídas no terreno localizado na Rua Mirabela esquina com Avenida Tamandaré na região do Vila Nasser.

Orivaldo Nene, de 56 anos, contou a reportagem do Diário Digital que o loteamento está sendo legalizado pela A Emha (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários), mas uma suposta corretora afirmou que havia comprado o terreno e mandou demolir as construções construídas no local, ela alega que o terreno é de propriedade privada.

Maria Aparecida, de 61 anos, comenta que todos foram pegos de surpresa. “ Foi algo inesperado, não estava em casa, não havia nenhum comunicado, o pessoal chegou derrubando tudo. São 15 anos morando aqui, não tem nada de irregular”, explicou. 

Casas e comércios são destruídos
Maria Aparecida, de 61 anos (Foto Luciano Muta)

Chorando, a dona de casa afirma que viu o esforço de uma vida toda sendo destruído pelas patrolas.  No local mora idosos e crianças e a maioria dos moradores não tem para onde ir as residenciais foram construídas ao longo de 15 anos. Além das moradias, tem, mercados e outros estabelecimentos que também foram demolidos. 

Mapeamento obtido pela reportagem mostra que o local da construção há 15 anos era um lixão, nesse período a população teria invadido o local e construído moradias. 

Casas e comércios são destruídos
Local quando ainda era um lixão (Foto Divulgação)

A Polícia Militar foi acionada na noite desta quinta-feira (08), para atender uma ocorrência no local, uma disputa comercial pela propriedade de um imóvel. Como não houve  acordo e não havia condições seguras de permanência no local, as partes envolvidas foram para a segunda delegacia de Polícia Civil. 

 

 

 

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