Atual é presa com munições e sabia que namorado planejava matar ex-esposa

A atual companheira de Júlio Cesar Miranda, de 39 anos, acusado de assassinar a tiros a ex-esposa Adriana Pereira, de 36 anos, em Anastácio (MS), foi presa nesta segunda-feira, 24 de julho, com munições na residência da rua Homero Moreiro, em Aquidauana (MS), onde mora com o suspeito. Ademirse Gonçalves, de 41 anos, sabia dos planos do namorado de efetuar o feminicídio.

Conforme o termo de auto de prisão em flagrante ao qual o Diário Digital teve acesso, a a namorada de Júlio Cesar relatou à Polícia Militar que morava no local com o homem há cerca de sete meses. Após o crime, o companheiro entrou em contato com ela por telefone, depois se dirigiu a casa do casal, pegou alguns pertences e foi embora.

Em depoimento às autoridades, a mulher teria afirmado que o namorado andava armado e teria jurado matar a Adriana Pereira diversas vezes. No imóvel do casal, a Polícia Militar localizou 12 munições de calibre .38 milímetros intactas e três deflagradas. As balas estavam escondidas dentro de uma meia colocada embaixo do colchão do quarto que Júlio Cesar dividia com Ademirse.

A mulher foi presa em flagrante por posse irregular de arma de fogo de uso permitido. O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) estipulou fiança de R$ 2 mil para que a diarista seja solta.

O autor Júlio Cesar Miranda continua foragido. A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul continua com as buscas pelo autor.

Morta na frente da filha - Adriana Pereira foi morta com cinco tiros na tarde do último domingo (21) na frente da filha do casal, de apenas 9 anos. De acordo com a delegada titular da Delegacia de Anastácio, Karolina Souza Pereira, a vítima estava trabalhando no momento do crime. "Ela estava trabalhando quando foi fechar o local, inclusive que é da propriedade de seu pai, quando o agressor entrou no local desferindo disparos de arma de fogo. A vítima foi socorrida imediatamente pelo cunhado, mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito no pronto-socorro".

"Logo, após o crime, o suspeito fugiu tomando rumo ignorado e até o momento se encontra evadido", explicou a delegada. O crime foi registrado como feminicídio majorado, pois, foi cometido na frente da filha do casal. "O que faz com que o fato seja ainda mais grave e tenha a pena aumentada", salientou.

Ainda conforme a responsável pelo caso, Adriana já havia registrado vários boletins de ocorrência de violência doméstica contra o suspeito e tinha medida protetiva contra o agressor.