Geral
Taxa de desemprego chega a 14,6%, maior patamar desde 2012
As mulheres foram as mais afetadas pelo desemprego: a taxa de desocupação para elas foi 16,8%, frente a 12,8% para homens
Sexta-feira, 27 Novembro de 2020 - 10:10 | Redação

A taxa de desocupação chegou a 14,6% no trimestre encerrado em setembro, atingindo o maior patamar da série histórica, que começou em 2012, de acordo com Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgada nesta sexta-feira (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Na prática, 14,1 milhões de pessoas estavam fora do mercado de trabalho no período. Segundo o IBGE, esta população aumentou 10,2% frente ao segundo trimestre do ano, quando havia 12,8 milhões de desempregados, e 12,6% em comparação ao terceiro trimestre de 2019, com 12,5 milhões.
A analista da pesquisa, Adriana Beringuy, afirma que o aumento na taxa de desemprego reflete a flexibilização das medidas de isolamento social para controle da pandemia de covid-19.
“Houve maior pressão sobre o mercado de trabalho no terceiro trimestre. Em abril e maio, as medidas de distanciamento social ainda influenciavam a decisão das pessoas de não procurarem trabalho. Com o relaxamento dessas medidas, começamos a perceber um maior contingente de pessoas em busca de uma ocupação”, disse.
A população ocupada chegou ao menor patamar da série histórica, com 82,5 milhões no mercado de trabalho. Houve queda de 1,1% (menos 880 mil) frente ao trimestre anterior e 12,1% (menos 11,3 milhões) frente ao mesmo trimestre de 2019.
Perfil dos desocupados
As mulheres foram as mais afetadas pelo desemprego: a taxa de desocupação para elas foi 16,8%, frente a 12,8% para homens.
A taxa dos que se declararam brancos (11,8%) foi menor do que a média nacional, enquanto as dos pretos (19,1%) e dos pardos (16,5%) ficaram acima. Considerando as idades, o desemprego foi mais forte para os grupos de 14 a 17 (44,2%) e de 18 a 24 anos de idade (31,4%).
Além disso, a taxa de desocupação para o contingente de pessoas com ensino médio incompleto ficou em 24,3%, superior à verificada para os demais níveis de instrução. Para o grupo de pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi estimada em 17,1%, mais que o dobro da verificada para aqueles com nível superior completo (7,0%).
Os estados de Bahia, Sergipe e Alagoas registraram as taxas de desocupação mais altas do trimestre (20,7%, 20,3% e 20%, respectivamente).
Adriana afirma que houve alta na taxa em 10 estados e estabilidade nas demais. “Ou seja, nenhuma unidade da federação do país conseguiu mostrar uma retração dessa taxa no terceiro trimestre. Isso mostra que todos os estados tiveram, de alguma forma, o mercado de trabalho bastante afetado”, afirma.
Últimas Notícias
- Nacional - 19:09 Mega-Sena acumula e prêmio vai para R$ 33 milhões
- Economia - 18:51 Copom mantém taxa básica de juros em 15% ao ano
- Política - 18:38 Pec da Blindagem é risco à democracia, avalia Simone Tebet
- Saúde - 18:00 Corumbá divulga cronograma das salas de vacina até 19 de Setembro
- PMA - 17:39 Filhote de jiboia é resgatada em forro de refeitório na Capital
- Agora - 17:00 Funcionário da Solurb é atropelado e morre na Capital
- Prefeitura - 16:50 Com aumento de casos de câncer do colo do útero, Dourados reforça vacinação
- Política - 16:30 PEC altera data da posse do governador de MS para 6 de janeiro
- Poder Público - 16:16 Prefeitura de Três Lagoas realiza reformas em prédios públicos
- Educação - 15:56 SED abre consulta para formação de novo currículo da educação digital