Geral
Necessidade de proteção ao Pantanal é foco em Seminário na Capital
O Seminário pré-COP aconteceu em um audtirório da UFMS para dar palco aos assuntos de preservação
Terça-feira, 28 Novembro de 2023 - 18:00 | Taís Wölfert
A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2023 (COP) acontece na quinta-feira, dia 30. Nesta terça-feira, dia 28, aconteceu o Seminário pré-Cop que visou dar palco para os eventos que acontecem em Mato Grosso do Sul e se relacionam com a temática. Entre os nomes presentes estavam professores e pesquisadores de universidades do estado.
A deputada federal Camila Jara irá representar os biomas Pantanal e Cerrado no evento que é o maior e mais importante do mundo sobre mudanças climáticas. Ela contou sobre a importância de um seminário como o oferecido. "Nós tivemos hoje o lançamento da lei do Pantanal, passamos por um incêndio, que vai exigir de todos nós responsabilidade e seriedade na construção de políticas públicas. Nós sabemos que tem vários estudos sobre como conservar o Pantanal, gerar renda e fazer com que a gente consiga ganhar mantendo a floresta em pé. Ma a gente vê produtos isolados, a UEMS produz conteúdo, a UFMS produz, as ONGs produzem os conteúdos deles e a ideia é que a gente consiga então fazer um apanhado de tudo que é produzido em relação a distribuição de riqueza no Pantanal e pautar o nosso debate para falar do nosso bioma".
"As faculdades são um centro de distribuição de conhecimento do nosso país. Então todos os dados, tudo aquilo que a gente entende que tem que ser desenvolvido de políticas públicas no nosso país são produzidos dentro da universidade. Só que a gente vê ao mesmo tempo essa produção de conhecimento pujante que as vezes precisa de apoio por parte do estado e muitas vezes a gente não consegue transformar essas pesquisas em políticas públicas. Então a ideia é q com essa aproximação a gente consiga transformar tudo que é produzido aqui em políticas públicas e dar embasamento para a gente construir a nossa legislação federal d proteção ao pantanal" acrescentou a deputada.
Felipe Augusto Dias, da SOS Pantanal, explicou que o MS é um centro de convergência de ventos, ou seja, existem os quatro climas durante o mesmo dia. Ele também contou que houve um aumento de 2.1°C na temperatura do Pantanal e uma diminuição de 100 mm no nível da água. O que vai de encontro ao que Geraldo Damasceno, professor da UFMS, comentou sobre pequenas centrais hidrelétricas que impedem a água de chegar em certos locais e como elas precisam ser repensadas.
Dentre os assuntos abordados, um deles foi a respeito do aproveitamento econômico dos materiais recicláveis. O professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Marcelino de Andrade trouxe uma reflexão quanto ao tema. "Dentro da política de redução da emissão de metano está o aproveitamento econômico dos materiais recicláveis. Ou seja, o descarte seletivo, a coleta seletiva e a reciclagem de materiais. E dentro dessa questão, no Brasil temos outro problema que é uma questão importante que é a presença de vários trabalhadores na catação dos resíduos recicláveis. Precisamos pensar como incluir essas pessoas nesse processo. No Brasil, os empresários utilizam o trabalho precário, informal, mal remunerado dos catadores e a nossa 'reciclagem' se dá na exploração dos menos favorecidos".
A professora da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (MS), Zildamara dos Reis, argumentou sobre a necessidade de preservação no estado que vai além do Pantanal. Ela falou sobre o Chaco em Porto Murtinho, um bioma que é encontrado no país apenas na região e está altamente ameaçado. Assim, ela frisou a importância de uma unidade de conservação que contemple o Chaco.
A questão sobre o pensar o futuro também entrou em pauta na fala de Fábio Oliveira, professor da UFMS. Fábio falou sobre haver um debate a respeito do futuro desejado coletivamente. Criar um planejamento para 2030, 2050 e 2100. Além disso, ele também comentou sobre a importância de trazer o letramento climático para o estado, ou seja, que as pessoas entendam os impactos causados no meio ambiente e que ele pode causar para as pessoas.
Giselle Marques, professora da Uniderp comentou sobre o Pantanal fazer parte de outros países e propôs a formação de um grupo de estudos. "Propomos a formação de uma frente, de um grupo de estudo para que possa ser negociado entre os países que compõem o Pantanal. A criação de uma legislação comum acerca da proteção do Pantanal. Uma legislação transfronteiriça".
Seminário foi realizado no Auditório do Curso de Arquitetura da UFMS em Campo Grande (MS), com início às 14h.
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