• Diretor de Redação Ulysses Serra Netto

Geral

Gripe privinível tipo A já fez 16 vítimas fatais em Campo Grande

Mesmo com vacina disponível no SUS, Influenza A vem crescendo bastante em comparativo a 2023

Quarta-feira, 22 Maio de 2024 - 18:10 | Laura Cação


Gripe privinível tipo A já fez 16 vítimas fatais em Campo Grande
(Foto: Divulgação)

O contágio do vírus da influenza A triplicou em Campo Grande de janeiro até agora na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo o monitoramento Centro de informações Estratégicas de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (CIEVS-Sesau).

Já foram notificados mais de 160 casos de influenza A contra 51 casos registrados em 2023. O número de mortes também subiu significativamente, 16 mortes pela gripe A em 2024, enquanto em 2023 foram apenas 3. A maioria dos óbitos registrados este ano são em idosos, que fazem parte do público prioritário para a vacinação.

Gráfico disponibilizado pelo site da Prefeitura de Campo Grande

Neste ano, 1.417 pacientes deram entrada com sintomas nos postos, e é com base nesses dados que a secretaria de saúde cria as estratégias de enfrentamento, como o decreto de emergência que está em vigor desde o dia 30 de abril.

A evolução das doenças respiratórias e síndromes gripais nas unidades de saúde da capital são monitoradas diariamente pelas equipes técnicas da Secretária Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau) para que as estratégias sejam definidas.

Também diferente do ano passado, não há registro da circulação do vírus da influenza B este ano na Capital. A médica infectologista, Ivone Martos, explica que a prevalência de alguns tipos específicos do vírus pode variar em cada ano.

“Dependendo do tipo de vírus que foi prevalente em temporadas anteriores, a população pode ter desenvolvido imunidade mais forte contra um tipo de vírus em detrimento de outro”, diz médica.

As mutações são mais um fator a se levar em consideração já que são comuns em qualquer vírus com ampla circulação, é que quanto mais chances um vírus tem de se espalhar, mais possibilidade ele tem de sofrer mudanças.

Ivone lembra que “a prevalência do tipo A sobre o B este ano, pode simplesmente refletir uma dessas mudanças que o tornou mais transmissível ou menos reconhecido pelo sistema imunológico das pessoas baseado na exposição anterior, ou na vacinação”.

O tempo seco e as temperaturas mais baixas são a combinação perfeita para o aumento das doenças respiratórias e síndromes gripais, e que podem afetar todas as idades, principalmente crianças e idosos.

Este ano, 101 óbitos foram registrados por síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dessas mortes, quase metade das vítimas (49) tinha 70 anos ou mais. Outro motivo da maior circulação dos vírus nessa época tem a ver com os hábitos, as pessoas ficam mais tempo em espaços fechados e com pouca ventilação, é nesses ambientes que ocorre a maioria dos contágios.

Febre, tosse, dor de garganta, coriza ou nariz entupido, dores no corpo, dor de cabeça, fadiga e em alguns casos, vômito e diarreia são os principais sintomas.

A gripe é uma infecção do sistema respiratório provocada pelo vírus da influenza, e são dois os tipos que atingem os humanos: influenza A e B (responsáveis pelas epidemias sazonais) e C (menos detectado, causando infecções leves)

O vírus da influenza A é dividido em subtipos com base nas proteínas da superfície do vírus: hemaglutinina (H) e neuraminidase (N), como o H1N1 e o H3N2. Na influenza B, o vírus não é categorizado em subtipos, mas em linhagens, como a Yamagata e Victoria.

A vacina disponível nas unidades de saúde da capital para quem tem mais de 6 meses de idade protege contra 3 tipos de vírus influenza A, H1N1 e H3N2 e influenza B. 

SIGA-NOS NO Google News

Tudo Sobre:

  morte  gripe  influenza  emergencial