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Escola inaugurada há 35 anos recebe primeira reforma feita por detentos
Custo de R$ 550 mil será custeado pelos próprios presos dentro de projeto do Poder Judiciário
Domingo, 06 Dezembro de 2020 - 07:00 | Redação

Inaugurada há 35 anos, a Escola Estadual Profª Zélia Quevedo Chaves, no Residencial Iracy Coelho Netto, em Campo Grande (MS), está recebendo sua primeira reforma. O trabalho está sendo feito por 25 detentos do regime semiaberto, dentro do projeto Revitalizando e Pintando Educação com Liberdade, do Poder Judiciário.
O custo da obra na escola é de R$ 550 mil. O valor será custeado pelos próprios presos. Com mais esta escola, o Estado já garantiu mais de R$ 8 milhões em economia, beneficiando 10.034 alunos na reforma de 17.500 m². O estabelecimento de ensino é o 12º a receber melhorias feitas pelos detentos.
Atendendo 959 alunos, a E.E. Profª. Zélia Quevedo Chaves tem 960 m² de área construída e 6.000 m² de terreno. Em tempos de crise e principalmente com a pandemia de Covid-19, seria praticamente impossível uma escola destas proporções ser contemplada com uma reforma geral.
O custo para o Estado se resume ao salário dos presos. Já o valor do material (orçado em R$ 220.00,00) será totalmente pago pelo detento, a partir do dinheiro arrecadado do desconto de 10% do salário de todos os presos que trabalham na Capital, conforme Portaria n. 001/2014 da 2ª Vara de Execução Penal.
A reforma contemplará a reestruturação da parte hidráulica, elétrica (instalação de lâmpadas de led e holofotes de led na quadra de esportes), calçamento, revestimento com cerâmica, colocação de pias, forro de PVC, serviços de serralheria e pintura total.
Além disso, haverá trabalho de jardinagem, poda de árvores, troca de vidros quebrados, readequação das salas do bloco administrativo, instalação de coberturas metálicas, manutenção de portas, grades, alambrados e janelas. Será feita ainda a construção de cobertura metálica e rampa de acesso para cadeirantes na entrada da escola.
Nessa reforma, existe a possibilidade de a Escola Zélia Quevedo Chaves ser a primeira do programa a receber uma biblioteca oferecida pelo Senai.
Para executar todas as tarefas, a equipe de 25 presos conta com eletricistas, pedreiros, carpinteiros, instalador de forro, serralheiro, pintores e o restante do pessoal são ajudantes que, no decorrer da obra, são capacitados pelo Senai e adquirem uma nova profissão.
Reconhecido nacionalmente por diversos projetos de inserção de presos do regime semiaberto no mercado de trabalho, o juiz responsável pelo projeto, Albino Coimbra Neto, visitou nesta quarta-feira (2) o início dos trabalhos e destacou a importância de cada preso ali presente. “Vocês estão fazendo mais que uma reforma qualquer, estão restaurando uma igualdade melhor, dando uma dignidade ao ambiente”, ressaltou.
Por fim, o magistrado explicou que o objetivo principal do projeto é, além de colaborar com a economia para o Governo estadual, trazer conforto e boas instalações para as escolas, além da ressocialização do detento, com sua recondução social para que se torne uma pessoa útil à comunidade.
(Com informações da assessoria de imprensa do TJMS)
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