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Dieta anti-inflamatória pode ajudar a viver mais tempo
Sexta-feira, 15 Março de 2019 - 19:51 | Redação
Uma pesquisa publicada no “Journal of Internal Medicine” relatou o benefício de uma dieta anti-inflamatória para a saúde, principalmente, em fumantes. De acordo com o estudo, uma dieta baseada nesse tipo de alimento pode reduzir o risco de uma morte prematura, assim como câncer e doenças cardíacas. Para realizar o estudo, os pesquisadore acompanharam 68 mil suíços entre 45 e 83 anos durante um período de 16 anos.
Os participantes que seguiram com afinco a dieta anti-inflamatória fornecida pelos pesquisadores tiveram um risco 18% menor de mortalidade por todas as causas, um risco 20% menor de mortalidade cardiovascular e um risco 13% menor de mortalidade por câncer. O efeito foi ainda mais positivo em pessoas fumantes que seguiram o programa alimentar com atenção. Para esses, 31% menos probabilidade de morrer (de qualquer causa), 36% menos probabilidade de morrer de doenças cardiovasculares e 22% menos riscos de morrer de câncer, em comparação com fumantes que não deram tanta atenção para a dieta.
“Nossa análise dose-resposta mostrou que mesmo a adesão parcial à dieta anti-inflamatória pode trazer benefícios à saúde”, disse Joana Kaluza, professora da Universidade de Ciências da Vida de Varsóvia, na Polônia.
“Sabe-se que frutas, vegetais, chá, café, vinho tinto, cerveja e chocolate são ricos em antioxidantes. Pão integral, cereais matinais, vegetais e frutas frescas e secas são ricas em fibra dietética, e os óleos de oliva e canola são ricos em ácidos graxos monoinsaturados e poliinsaturados, que são potencialmente benéficos para a saúde devido às suas propriedades anti-inflamatórias”, detalhou a pesquisadora.
A inflamação, por sua vez, acontece quando o corpo detecta algum invasor. Pode ser desde um micróbio até uma substância química estranha. Para o estudo, os pesquisadores avaliaram o potencial anti-inflamatório da dieta a partir do índice de dieta anti-inflamatória (AIDI).
Ao todo, 11 alimentos anti-inflamatórios estão na lista: frutas e legumes, chá, café, pão integral, cereais matinais, queijo com baixo teor de gordura, azeite e óleo de canola, nozes, chocolate e doses moderadas de vinho e cerveja. Também foram inclusos cinco alimentos potencialmente inflamatórios: carnes vermelhas não processadas e processadas, carnes de órgãos (como fígado e coração), batatas fritas de pacote e refrigerante.
O caso do vinho e da longevidade
Amantes de vinho ao redor do mundo anunciam o poder anti-inflamatório e longevo da bebida. O efeito é ainda maior entre consumidores frequentes de vinho. Mas, se você já está pensando em providenciar uma adega para consumir diariamente uma dose de vinho e aumentar a probabilidade de viver mais, muita calma. Embora os cientistas não neguem o efeito anti-inflamatório da bebida, há várias lacunas e dúvidas sobre a efetividade dos compostos e os malefícios do álcool.
O processo de produção do vinho é feito com uvas que contêm micronutrientes conhecidos como polifenóis. Eles protegem as células e outras substâncias químicas naturais do corpo. Por causa disso, apresenta um efeito antioxidante, que podem combater doenças e o envelhecimento.
Os polifenóis estão presentes em alimentos como chocolate, frutas, legumes e azeite extra-virgem. Um deles é o resveratrol, estudado de forma massiva pelos cientistas. Em 1990, descobriu-se que ele está presente também no vinho tinto.
O grande porém é que os testes com essa substância ainda foram muito restritos, sendo aplicados apenas em cobaias de laboratório como peixes, camundongos e até em leveduras. Encontraram boas evidências em camundongos, mas não em humanos. Além disso, grande parte desses testes em laboratório administraram uma quantidade muito maior de resveratrol do que está disponível em uma taça de vinho. Pelos efeitos positivos desse composto, os cientistas estudam formas de isolá-lo, para ser consumido como uma droga e prevenir o câncer.
Em artigo, o Dr. Carlos Eduardo Suaide Silva, cardiologista e editor do Jornal da Sociedade Brasileira de Cardiologia e Fellow of the American College of Cardiology (FACC), afirma que se o ser humano quisesse obter dosagens equivalentes de resveratrol usadas nas pesquisas com ratos, uma pessoa teria de beber mais de cem garrafas de vinho tinto por dia.
Já foi obtido um avanço Em Wisconsin (EUA). Os pesquisadores conseguiram o mesmo efeito usando uma dose em camundongos equivalente a 35 garrafas por dia. Por enquanto, é melhor consumir a bebida de forma moderada e sem acreditar em efeitos milagrosos e pílulas da juventude. O segredo para envelhecer com saúde é ter uma dieta diversificada e balanceada de nutrientes, além de praticar exercícios físicos regularmente.
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