• Diretor de Redação Ulysses Serra Netto

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Desocupação em fazenda será investigada

Sexta-feira, 02 Agosto de 2019 - 18:26 | Redação


A desocupação da fazenda Água Branca, em Aquidauana, será investigada em procedimento do Ministério Público Federal (MPF). Indígenas reclamam de truculência na ação. Cerca de 80 policiais militares participaram da desocupação. “O MPF esclarece que não há ordem de reintegração de posse e o assunto é da esfera federal”, informou o órgão em nota encaminhada à redação.

Cerca de 100 índios da etnia Kinikinawa ocuparam a fazenda na madrugada de quinta-feira, 1 de agosto. Horas depois da entrada dos indígenas, os policiais chegaram para fazer o despejo. Houve confronto. A foto de um indígena ferido circula pela internet. Ele seria um dos líderes da ocupação.

Por outro lado, há relatos que, ao tomarem a fazenda, os indígenas fizeram ameaças aos proprietários e funcionários. Eles também teriam ateado fogo na propriedade rural. Imagens das chamas nas áreas de pastagem também estão sendo divulgadas. 

Os índios reivindicam a posse das terras. Porém, segundo o apurado pela reportagem, a fazenda não é alvo de litígio. Nunca foi oficialmente reconhecida como indígena, embora tenha sido alvo de estudos antropológicos anos atrás.

Crimes - Em nota encaminhada à imprensa, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informa que a ação ocorreu pacificamente. Ainda de acordo com a secretaria, os índios cometeram crimes de ameaça, furto qualificado, danos e crimes ambientais na propriedade rural. “A ordem é identificar as pessoas que cometeram os delitos e prender, pois estão em flagrante”, diz o texto.

Na mesma nota, a secretaria ainda ressalta que o foco das ações foi combater delitos de competência da segurança pública e evitar confronto entre produtores e índios. Por esse motivo, segundo a  Sejusp, as forças policiais permanecem na região.

 

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