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Decisão da UFMS sobre professor condenado gera ondas de protesto

Alunos exigem demissão imediata de docente condenado por estupro em Campo Grande; crime ocorreu em 2016

Quinta-feira, 21 Agosto de 2025 - 09:58 | Emanuely Lobo


Decisão da UFMS sobre professor condenado gera ondas de protesto
Acadêmicos protestaram na manhã desta quarta-feira na cidade universitaria em Campo Grande (Foto: Guta Lima)

Alunos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) realizaram um protesto na manhã desta quarta-feira (20), nas imediações da Cidade Universitária, em Campo Grande (MS). A mobilização ocorreu após a prorrogação do afastamento de um professor condenado por estupro de uma aluna. Os acadêmicos exigem a demissão imediata do docente, que continua recebendo salário mesmo após a condenação.

O crime aconteceu em 2016, durante uma festa universitária. De acordo com o inquérito, o professor se aproveitou da vulnerabilidade da estudante de Ciências Biológicas e a seguiu até um quarto. Amigas da vítima, ao perceberem a situação, forçaram a porta até conseguir abri-la. No local, a jovem foi encontrada nua e desorientada.

Decisão da UFMS sobre professor condenado gera ondas de protesto
Alunos exigem demissão do professor (Foto: Guta Lima) 

O docente foi condenado a nove anos de prisão em regime semiaberto, além do pagamento de indenização de R$ 30 mil à vítima. Após a sentença, foi afastado por 60 dias, prazo que foi renovado por meio de uma nova portaria assinada pela reitora da instituição, Camila Ítavo.

A decisão provocou indignação entre os estudantes. Em nota publicada nas redes sociais, o Centro Acadêmico de Ciências Biológicas repudiou a prorrogação do afastamento. “É direito inviolável de cada cidadão brasileiro a segurança. Ter aula com um estuprador representa uma violação direta desse direito e é absolutamente inconcebível”, destacou.

O Diretório Central dos Estudantes (DCE) também se manifestou, reforçando a gravidade da situação. “É inaceitável que, ao mesmo tempo em que a instituição afirma prezar pela ética e pela segurança, permita que situações como esta ocorram, gerando indignação, insegurança e dor às estudantes e a toda comunidade universitária”, afirmou a entidade.

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