Capital inicia ano com deflação

Dezembro de 2018. Essa retração - que interrompe um período de quatro meses consecutivos de alta nos preços, representou um custo de R$ 414,83 para o trabalhador - uma redução de R$ 8,05 em relação ao custo individual da cesta registrado em Dezembro do ano passado. Apesar  o percentual acumulado de Janeiro de 2018 à Janeiro de 2019 foi de 7,96%, segunda variação mais expressiva entre as capitais pesquisadas mensalmente pelo DIEESE.

No que se refere à cesta familiar, cujo valor somou R$ 1.244,49 em Janeiro de 2019 ̧ a redução foi de R$ 24,15. Na relação entre o custo da cesta familiar e o salário mínimo bruto, equivalência foi de 1,25 vezes – retração em 0,08 p.p na comparação com os valores do mês anterior.

A jornada de trabalho das pessoas que recebem um salário mínimo foi reduzida em 6 horas e 04 minutos em relação à Dezembro, fechando em 91 horas e 27 minutos. Na análise de 12 meses, a jornada aumentou em 08 horas e 54 minutos. Em Janeiro de 2018, uma pessoa precisou dedicar 88 horas e 37 minutos de trabalho para adquirir uma cesta básica, ao custo de R$ 384,26 – uma diferença a menor de R$ 30,57 do que foi dispendido em 2019.

O nível de comprometimento do salário mínimo líquido2 para aquisição de uma cesta básica na capital morena registrou expressiva queda em 3,00 p.p., uma vez que o percentual passou de 48,18% em Dezembro, para 45,18% em Janeiro de 2019. É preciso considerar, para melhor entendimento, o aumento do salário mínimo ocorrido no período, o que costuma abrandar os efeitos de aumentos de preços comuns no período. Em seis itens foram registradas variações positivas de preços, com destaque para o Feijão carioquinha, cuja alta mensal (37,50%) se aproxima da alta acumulada em 12 meses (44,05%) e que fechou Janeiro com preço médio do quilo em R$ 4,84.