• Diretor de Redação Ulysses Serra Netto

Geral

Boletim revela dados sobre violência sexual contra meninas na Capital

Boletim revela que, em 2024, Campo Grande registrou 2.206 casos de estupro contra mulheres e 1.194 contra crianças

Segunda-feira, 30 Junho de 2025 - 07:00 | Redação


Boletim revela dados sobre violência sexual contra meninas na Capital
boletim também destaca a importância da escola como um dos primeiros espaços onde as vítimas conseguem relatar a violência sofrida (Foto: Divulgação)

A vereadora Luiza Ribeiro (PT), Procuradora Especial da Mulher da Câmara Municipal de Campo Grande, apresentou uma nova edição do Boletim Observatório da Mulher, trazendo à tona um tema urgente e sensível: a violência sexual contra meninas e adolescentes na capital sul-mato-grossense.

De acordo com dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS), o boletim revela que, em 2024, Campo Grande registrou 2.206 casos de estupro contra mulheres e 1.194 contra crianças. Em 2025, os números continuam alarmantes: já são 848 mulheres e 431 crianças vítimas de estupro apenas nos primeiros meses do ano.

Para vereadora Luiza, “a violência sexual infanto-juvenil é um problema histórico e global, que exige respostas urgentes e coordenadas. Por isso, o boletim vai além dos números, apresenta o perfil das vítimas, os contextos em que os abusos costumam ocorrer, as consequências para a vida das adolescentes e destaca o papel fundamental da rede pública de ensino na prevenção e acolhimento desses casos”.

A vereadora também reforça a necessidade de articulação entre diferentes setores para o enfrentamento dessa realidade: “Combater a violência sexual exige a união das áreas da saúde, assistência social, educação e justiça criminal. Precisamos fortalecer a rede de proteção e, sobretudo, ouvir e acolher essas meninas.”

O boletim também destaca a importância da escola como um dos primeiros espaços onde as vítimas conseguem relatar a violência sofrida. Nesse sentido, é essencial a efetiva implementação da Lei nº 13.935/2019, que garante a atuação de profissionais de Psicologia e Serviço Social nas escolas públicas, contribuindo para a prevenção e a identificação precoce dos casos.

Além das escolas e dos profissionais que integram a rede de proteção à infância e adolescência, o documento ressalta o trabalho do Comitê de Enfrentamento da Violência e Defesa dos Direitos Sexuais de Crianças e Adolescentes (COMCEX). O comitê é uma instância plural e interinstitucional, formada por representantes da sociedade civil e do Estado, que atua na efetivação de políticas públicas previstas nos planos nacional e estadual de enfrentamento da violência sexual.

Com esta publicação, a Procuradoria Especial da Mulher Jornalista Vanessa Ricarte reafirma seu papel como espaço de escuta, denúncia e formulação de políticas públicas voltadas à proteção das mulheres e meninas de Campo Grande.

SIGA-NOS NO Google News