Economia
Novo mínimo causará impacto de R$ 70,7 milhões aos municípios de MS
Cálculo é da Confederação Nacional de Municípios que teme problemas financeiras nas prefeituras
Segunda-feira, 01 Janeiro de 2024 - 08:52 | Redação

O reajuste do salário mínimo para R$ 1.412 causará impacto de R$ 4,33 bilhões nos cofres municipais, aponta levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM). Em Mato Grosso do Sul, o impacto será de R$ 70.706.311. Para o presidente Paulo Ziulkoski, o novo mínimo previsto no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2024 agravará ainda mais o quadro fiscal de crise financeira enfrentado.
As prefeituras empregam mais de 6 milhões de pessoas, e delas 2,3 milhões recebem até um salário e meio, segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) 2021. Os Municípios sul-mato-grossenses possuem 36.942 servidores. E o novo valor deve ser pago a todos os trabalhadores do setor público e privado, aposentados e pensionistas. A CNM aponta que o reajuste impacta, principalmente, os Municípios de pequeno porte.
Entes menos populosos são os que possuem funcionários com remunerações próximas ao valor do salário mínimo, ou seja, aumento do gasto de pessoal decorrente do reajuste. Minas Gerais, Bahia e Ceará concentram o maior número de servidores municipais que recebem até 1,5 salário mínimo. A soma dos servidores desses três Estados corresponde a 1/3 do total. Já os Estados com a menor concentração de servidores municipais que recebem até 1,5 salário são: Acre, Amapá e Rondônia.
Os reajustes do salário mínimo, entre 2023 e 2023, elevaram os gastos dos Municípios em R$ 38,6 bilhões. Com os encargos trabalhistas, o impacto chega a quase R$ 54 bilhões. “Além do mínimo, as demais elevações das despesas, ocorrem à revelia das prefeituras”, alerta Ziulkoski ao explicar: “as decisões aprovadas em outras esferas de governo têm provocado impacto nos cofres das prefeituras e agravado o quadro fiscal”.
A nova política de valorização do salário mínimo tem como cálculo de reajuste anual do piso nacional foi definida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) dos últimos 12 meses, encerrado em novembro do ano anterior, e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) consolidado de dois anos anteriores. O INPC foi de 3,85%, em novembro de 2023, somado ao crescimento do PIB de 2022 ajustado, de 3%. Assim, o mínimo de 2024 terá crescimento de 6,97%.
Confira o levantamento completo aqui.
Últimas Notícias
- Educação especial - 18:02 Sicredi implanta o programa A União Faz a Vida no CEDEG APAE na Capital
- Infraestrutura - 17:42 Sanesul investe R$ 6,3 milhões para ampliar abastecimento de água em Itaquiraí
- Conhecimento - 17:19 Faculdade Insted sedia imersão em planejamento estratégico com uso de IA
- Oportunidades - 16:48 Vara Nova Alvorada do Sul seleciona Assessor Jurídico
- Sétima arte - 16:19 Filmes disputam escolha para o Oscar em bom momento do cinema nacional
- Meio Ambiente - 15:50 Ano de 2025 é quinto com maior área atingida por queimadas até Agosto
- Movimento - 15:19 Dança pode ser convite para escutar o corpo e cuidar da saúde mental
- Oportunidades - 14:52 MEC oferta 7,8 mil vagas de pós-graduação gratuita para professores
- Direito do Consumidor - 14:17 Comissão aprova direito de consumidor examinar produto antes da compra
- Cinema - 13:51 Cineastas negras reivindicam mais ações afirmativas para audiovisual