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ELVERSON CARDOZO

Jornalista e mestre em Comunicação. Possui experiência com reportagem, produção de conteúdo jornalístico e publicitário, blogs, gerenciamento de mídias sociais. Atento às questões LGBTs, escreve sobre diversidade sexual e de gênero há 7 anos.

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No candomblé, casamento regido por Oxum tem muito axé, amor e respeito

Terça-feira, 15 Setembro de 2020 - 11:48


No candomblé, casamento regido por Oxum tem muito axé, amor e respeito
Momento ritualístico. Casal é abençoado, iniciando no mesmo Odu. (Foto: Studio B12 Produções ME)

Enquanto os números de divórcios aumentam nesta pandemia, o consultor empresarial Wellington Mangucci Biazoto e o psicólogo César Cunha Cruz, de Poços de Calda (MG), comemoram 2 anos de casamento, no candomblé, nesta terça-feira (15).

Em 2018, a união regida por Oxum - Deusa do Amor - foi oficializada na presença de pelo menos 100 convidados no terreiro Axé Ilê Obá, sob a liderança da Yalorixá Paula de Yansã e com a bênção dos Orixás e da ancestralidade do casal.

No barracão, a festa foi regada de bebida, comida farta, alegria e sorrisos. Tudo pensado com carinho, abençoado pela Yalorixá e confirmado com os búzios. Com o momento pedindo representatividade, os detalhes da cerimônia não ficaram de fora. O look, inspirado no filme Pantera Negra, foi escolhido com cuidado.

“Nossa roupa foi desenhada e feita com as orientações diretas de nosso Baba Egbe. Nosso casamento ocorreu em um momento de grandes incertezas sociais de nosso país e, por isso, ao mesmo tempo nos casamos no civil", diz Wellington.

Tom d’Xangô (filho do Senhor da Justiça, das pedreiras e do fogo), e o marido, César d’Oxalá (filho de Oxalufã — o Senhor da Criação e Pai dos Orixás — com Iemanjá), ficaram em preceito uma semana antes e outra depois da cerimônia, conectados à espiritualidade dentro da fé que professam. Não consumiram carnes, café e bebidas alcoólica; também não transaram neste período.

Hoje, as lembranças do casamento no candomblé, realizado em 15 de setembro de 2018, voltam à tona e o compromisso é renovado com muita reciprocidade, força, desejo, incentivo e amor.

“Aprendemos que, desde essa data, participamos de um mesmo Odu, ou seja, nossos destinos foram juntados e seguiremos juntos durante todos os dias em nossas vidas”, explica o consultor.

Wellington e César se conheceram em 2014, pelo Facebook.

No candomblé, casamento regido por Oxum tem muito axé, amor e respeito
Bênçãos da Yalorixá. (Fotos: Studio B12 Produções ME)
No candomblé, casamento regido por Oxum tem muito axé, amor e respeito
Volta ao salão (antes da cerimônia) para dança. Atrás, o Baba Egbe do casal.
No candomblé, casamento regido por Oxum tem muito axé, amor e respeito
Agradecimento pela presença de irmãos, familiares e amigos, logo após a dança que deu início à festa.
No candomblé, casamento regido por Oxum tem muito axé, amor e respeito
Alianças com as flores que formaram as coroas e representam os pais Orixás: vermelho para Xangô e branco de Oxalá.
No candomblé, casamento regido por Oxum tem muito axé, amor e respeito
Reverência à Ancestralidade: à Mãe Sylvia d'Oxalá (mãe da Yalorixá Paula de Yansã) e do Pai Caio d'Xangô (Fundador).

Fornecedores do casamento:

Fotos: @studiob12producoes

Terreiro: Axé Ilê Obá: @axeileoba

Yalorixá Paula de Yansã: @aluapegydio

Trajes: @patuaconfeccoes

Lembranças: @luci_aromadosorixas

Leia mais histórias de amor aqui. Consulte outros textos com temática LGBTQIA+ na coluna de diversidade.

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