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Manoel Afonso

Manoel Afonso é um dos principais colunistas políticos de Mato Grosso do Sul. Também é advogado, mas há mais de 20 anos dedica-se exclusivamente ao jornalismo.

Eleições 2026: surpresas e traições?, por Manoel Afonso

Traição? Talvez sim, talvez não; tudo vai depender da conveniência do eleitor e do candidato. Sem inocentes.

Sexta-feira, 10 Outubro de 2025 - 10:39


Eleições 2026: surpresas e traições?, por Manoel Afonso

SALVE-SE QUEM PUDER: Pode acontecer também nestas eleições. A exemplo de anteriores, silenciosamente, candidatos ao Senado, Câmara e Assembleia podem adotar essa postura para se elegerem (ou tentarem). Traição? Talvez sim, talvez não; tudo vai depender da conveniência do eleitor e do candidato. Sem inocentes.

AMARRAS:  Hoje, o eleitor pode votar em candidatos de partidos diferentes. Um leque de escolhas para todos os cargos favorecendo também os próprios candidatos ao pedirem o voto. Só olhando o próprio umbigo, deixam o eleitor ‘à vontade’ na escolha de postulantes de cargos majoritários principalmente. Lei da sobrevivência.

ENTENDA: Até a reforma eleitoral em 1985, havia o chamado ‘voto casadinha’ que obrigava o eleitor a votar (de cabo a rabo) nos candidatos da mesma sigla para cargos majoritários e proporcionais. Mas com a nova Constituição, o voto passou a ser direto, secreto, universal e periódico, com o fim do voto vinculado.

VOTO DE LEGENDA: Aos eleitores jovens alerto para a possível confusão do extinto voto vinculado, com o atual voto de legenda. Neste, vota-se apenas na legenda do partido, sem escolha de um candidato específico. Esse voto é contabilizado para a soma dos votos da sigla, que pode pesar na eleição dos postulantes pelo sistema proporcional.

CORRUPÇÃO: “É o uso indevido do poder ou de cargo para obter vantagens pessoais ou para terceiros, com suborno, fraude, nepotismo, desvio de recursos que prejudicam o progresso. Fenômeno complexo e mundial que afeta instituições, sistemas políticos e econômicos, agrava desigualdades, afeta a confiança pública. ” (Inteligência Artificial)

CONCORDA?: Sobre política e propostas de candidatos, é do comediante George Burns uma frase genial: “Pena que todas as pessoas que sabem como governar o país estejam ocupadas a dirigir taxis ou cortar cabelos.” É porque na barbearia e no taxi ouvimos opiniões ‘interessantes’ sobre os políticos, governantes e suas propostas.

LEANDRO KARNAL: “Eu gostaria de dizer, que nós somos profundamente honestos. Somos aquilo que os advogados chamam de probos, pessoas experimentadas na ética; ao mesmo tempo em que somos governados por ladrões. Essa, a frase de Carlos Lacerda em 1954: Somos uma nação de trabalhadores honestos governados por ladrões.

NINHADA: Muito oba oba sobre a eleição do diretório do PSDB. Geraldo Resende, Beto Pereira e Caravina, os candidatos. A intenção é montar chapa proporcional competitiva com Lia Nogueira, Caravina, Paulo Duarte, os vereadores Vitor Rocha, Flavio Cabo Almi, Silvio Pitu, mais o vereador Juari, caso não concorra a Câmara Federal. Muitos interesses em jogo.

BOLA FORA: O exemplo do governador Tarcísio de Freitas opinando sobre a falsificação de bebidas mostra o peso da comunicação na administração pública.  Tarcísio, pecara antes ao usar o boné do Trump no início do tarifaço e por declarações infelizes sobre a violência policial na Baixada Santista. ‘Quem não se comunica …”

TONHÃO: No 6º mandato de vereador em Três Lagoas ele lembra: O ex-prefeito Guerreiro, tem cacife para 30 mil votos (só lá) para deputado estadual. Antes porém, terá que reverter a sentença que o condenou por improbidade administrativa. O vereador revela: Nelsinho Trad é o senador que mais levou recursos federais para seu município.

MOCHI x AGIOTAGEM: O endividamento dos servidores estaduais é cruel: mais de R$ 6 bilhões, igual a 10 folhas de pagamento do Estado. Financeiras cobram altas taxas nos empréstimos consignados, dificultando a quitação. Mochi sugere a contratação de  instituição financeira que compre o estoque de dívidas para cobrar taxas menores. O caso é grave!

UM ALERTA: Repercute nos meios políticos e jurídicos a decisão do STF (após 18 anos) inocentando o ex-governador Zeca do PT no lendário caso ‘Farra da Publicidade’. Agora, além de receber indenização do Estado, ele exigirá que o Governo acione os promotores de justiça responsáveis pela denúncia para restituírem aos cofres públicos esse valor corrigido.

CEDO DEMAIS? Alguns acham que o ex-governador Reinaldo age certo ao colocar agora seu nome para o Senado, pois agrega apoios e ocuparia espaços. Outros, porém, entendem que o excesso de exposição, com discursos de mesmo teor em espaços diferentes, podem provocar desgastes. Avesso a ouvir conselheiros, ele segue em frente.

NOS BASTIDORES: Até onde irá a polarização para escolha do parceiro de Reinaldo na campanha ao Senado? A decisão será baseada em pesquisas, nos acordos partidários do centro e direita, ou ainda nos ventos que soprarem de Brasília? Com tanto tempo pela frente, será que não teríamos fatos novos que poderiam influenciar no quadro?

OPINIÃO: Muita especulação sobre o destino partidário deste ou daquele deputado. Isso faz parte e não poderia ser diferente. Mas na Assembleia Legislativa, é voz corrente que até o início da ‘janela partidária’, entre 7 de março a 5 de abril, não haverá uma definição do quadro eleitoral. Aí sim, teremos muitos embarques e desembarques.

DE VOLTA: Fatores que possibilitam a eventual candidatura de Simone Tebet ao Senado aqui no Estado. Primeiro, porque o MDB sempre conviveu com o grupo que está no poder no Planalto – segundo – devido ao espaço que existe aqui no partido – terceiro – pela falta de novas lideranças e o desgaste sofrido por antigas lideranças  hoje sem mandato eletivo. 

SIMONE: Seu projeto é independente. Sua candidatura à presidência deu-lhe asas e  possibilidades de ocupar espaço na administração petista. Aliás, ela não é a única emedebista que ocupa cargos de relevância no Governo Lula. Simone ousou jogar e até aqui tem se dado bem politicamente. Se vai ter sucesso em 2026, só o Lula dirá.    

HUMOR:  O presidente Nasser (Egito) teria infartado ao ler o telegrama da inimiga Primeira Ministra de Israel Golda Meir (80) propondo: “Vamos fazer amor e não guerra?” Impressionado com tantas placas ‘EM OBRAS’ ao visitar o canteiro de obras do metrô, o Presidente da República questionou ao ministro sobre a construtora ‘EMOBRAS. O ministro esclareceu: questão da grafia por falta de espaço nas placas. No lugar de EMOBRAS – EM OBRAS.

PILULAS DIGITAIS:

80% dos problemas do mundo envolvem homens velhos com medo de morrer e se tornar insignificantes, e não querem largar o osso. (Barack Obama)

Na política, entre trair o país ou o eleitorado, prefiro trair o eleitorado! (De Gaulle)

A liberdade de eleições permite que você escolha o molho com o qual será devorado. ( Eduardo Galeano)

Todos clamam por reformas, mas ninguém quer se reformar. (Marquês de Maricá)

Estratégia: Se não puder convencê-los, confunda-os. ( Harry S. Truman)

Nenhum motorista é herói para quem vai do lado. (Millôr)

Pergunte ao seu filho, o que ele quer comer, apenas se ele for pagar. (Fran Lebowitz)

Todos querem comer à mesa do governo, mas ninguém quer lavar os pratos.  (Werner Finck)

Na democracia as pessoas são livres para escolher alguém que as frustrarão. (Laurende Peter))

Todas as armas dos suspeitos de matar Odete Roitman eram pistolas do mesmo fabricante. Merchandising é isso! (internet)

Líder é igual sanduiche: sofre pressão de todos os lados. (internet)

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