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“Era o meio que ela tinha de se defender” diz delegada sobre major que matou ex-namorado
Sexta-feira, 21 Fevereiro de 2020 - 14:55 | Redação
Para a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, a major da PM (Polícia Militar), de 46 anos, matou o ex-namorado Hilário Bueno de Camargo, de 52, para se defender. O crime aconteceu por volta das 16h30, desta quinta-feira, na Vila Carvalho, em Campo Grande. A vítima tinha medidas protetivas contra o agressor que, segundo a delegada titular da DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), não aceitava o fim do relacionamento.
Na tarde de ontem, ao chegar em casa a Major percebeu que alguém havia invadido o local. Armada, ela desceu as escadas em direção a sala quando se deparou com o ex-namorado, com uma faca de aproximadamente 30 centímetros de lâmina. “Os vizinhos ouviram muitos gritos de mulher e, em seguida, um barulho alto que eles não identificaram como tiro. Mas foram os disparos”, explicou a delegada Fernanda Félix Mendes.
Logo após atirar em Hilário, a Major saiu da casa transtornada para pedir socorro aos vizinhos. “Ela entregou a arma a um vizinho e ficou aguardando a chegada do socorro, em estado de choque”.
De acordo com as investigações, o casal teve um relacionamento de poucos meses. Logo, Hilário teria se mostrado um homem possessivo e as brigas começaram. No dia 14 de setembro do ano passada, a Major esteve na DEAM para denunciar o companheiro, após uma crise de ciúmes durante um churrasco entre amigos. Testemunhas presenciaram a discussão ainda na festa. Ao chegar na casa da vítima, Hilário quebrou objetos e manteve ela em cárcere privado por cerca de seis horas. Ela foi agredida com socos e chutes e ameaçada.
Na época, a major solicitou medidas protetivas que foram concedidas pela justiça para que o homem não se aproximasse dela. As medidas estavam válidas até a data de ontem (20). Antes desta denúncia, Hilário tinha passagens por vias de fato (2017), lesão corporal (2016) e ameaça (2012).
“Ele era agressor dela há aproximadamente seis meses e, inconformado, assim como a maioria dos casos por não aceitar a separação tentava a todo momento reatar o relacionamento de maneira abusiva, agressiva e violenta. Então, o meio que ela tinha para se defender, realmente, era a arma de fogo. Nós acreditamos plenamente na legítima defesa”, finalizou a delegada.
A DEAM ainda vai ouvir novas testemunhas sobre o caso, entre elas, a ex-esposa de Hilário que também teria sofrido violência doméstica por pelo menos 12 anos e aceitou testemunhar a favor da major.
A major segue internada em um hospital particular da cidade e também será ouvida.
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