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Endividamento cresce em Campo Grande e atinge 66,7% das famílias em novembro

Indicador sobe pelo segundo mês seguido; contas em atraso recuam, mas aumenta o número de consumidores que declaram não ter condições de pagar dívidas

Domingo, 07 Dezembro de 2025 - 15:00 | Sandra Salvatierre


Endividamento cresce em Campo Grande e atinge 66,7% das famílias em novembro
Por outro lado, cresceu a parcela de consumidores que afirmam não ter condições de quitar as dívidas: 14,4% declararam impossibilidade de pagamento, acima dos 13,6% registrados no mês anterior. (Foto: José Cruz | Agência Brasil)

O endividamento das famílias campo-grandenses voltou a crescer e alcançou 66,7% em novembro, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), da Confederação Nacional do Comércio (CNC). O percentual representa aumento de um ponto percentual em relação a outubro e também ao mesmo período do ano passado. Apesar da alta no endividamento, houve leve retração no índice de contas em atraso, que passou para 29,2% dos entrevistados.

Por outro lado, cresceu a parcela de consumidores que afirmam não ter condições de quitar as dívidas: 14,4% declararam impossibilidade de pagamento, acima dos 13,6% registrados no mês anterior.

 

Diferenças por renda


A economista do Instituto de Pesquisa da Fecomércio MS (IPF-MS), Regiane Dedé de Oliveira, destaca que o endividamento abrange qualquer compromisso financeiro parcelado, como cartões de crédito, cheques pré-datados, carnês, empréstimos pessoais, financiamentos de veículos e seguros.

Ela ressalta que, quando administrado dentro das possibilidades de pagamento, o endividamento pode ser considerado saudável, já que movimenta a economia.

O cartão de crédito permanece como o principal fator de endividamento, citado por 68% das famílias.

As diferenças ficam mais evidentes quando comparados os recortes de renda:

Entre famílias com até 10 salários mínimos, 20% apontam os carnês como fonte de dívida;

no grupo com renda superior, esse índice cai para 9,8%.

O movimento se inverte nos financiamentos de veículos: eles representam 25,5% do endividamento entre consumidores de renda mais alta e 9% entre aqueles que ganham até 10 salários mínimos.

Pesquisa completa

A íntegra da PEIC referente a novembro de 2025 está disponível para consulta no relatório PEIC_ nov 2025 _ MS.

 

 

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