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Emha rebate ideia de 'favelão' em hotel
Terça-feira, 03 Setembro de 2019 - 15:35 | Redação
O diretor-presidente da Agência Municipal de Habitação (Emha), Eneas José de Carvalho, defendeu nesta terça-feira, 3 de Setembro, durante sessão na Câmara Municipal, o projeto da prefeitura de transformar o Hotel Campo Grande, no Centro da Capital, em moradia popular.
Segundo ele, a adaptação do prédio seria uma alternativa mais barata do que a construção de unidades habitacionais na periferia da cidade, por exemplo. Além disso, Eneas rebateu críticas, segundo as quais, o local poderia se transformar em um ‘favelão’.
Pelo projeto, os 117 aposentos do hotel serão transformados em apartamentos, por meio do Programa Retrofit, do Governo Federal. A decisão de tornar no hotel moradia popular decorreu de estudos técnicos, conforme Eneas. Segundo ele, trata-se de uma proposta habitacional inclusiva.
“A ideia do programa é usar vazios urbanos e edificações subutilizadas ou pouco utilizadas. É um sistema inclusivo, novo modelo para a cidade. O estudo para definir o local foi feito por dois anos”, afirmou o diretor.
Eneas salientou que dar moradias aos pobres não é favelizar e reiterou que a decisão em relação ao Hotel Campo Grande foi tomada com base em estudos. Ele usou dados para rebater os críticos.
“No raio de 500 metros do Hotel Campo Grande, levantamento feito pela PLANURB, segundo o CENSO 2010, 57% da população recebe até 3 salários mínimos. Se somarmos com pessoas sem rendimento, temos 60% da população. Se somarmos, ainda, quem recebe até 5 salários mínimos, temos um total de 77% da população. Ou seja, os “pobres de espírito”, como disse o prefeito, utilizam de um preconceito para falar de seus próprios vizinhos.”
Custos menores – Eneas citou ainda estudos que provam que transformar o hotel em moradias é viável financeiramente. Segundo ele, haveria economia ao se aproveitar a estrutura já existente do prédio. O diretor de Emha argumentou que o “custo de oportunidade” de assentar 117 famílias em um lugar com toda infraestrutura urbana, ao invés de lugares periféricos sem infraestrutura urbana, seria de R$ 20.929.212,72.
“Se construíssemos em outro local, o investimento seria de R$38.000.000,00, a diferença seria de R$ 17.070.787,28, ou seja, R$ 145.904,16 por unidade habitacional. Porém, vislumbrando uma parceria privada onde o valor do investimento não contabilize os mais de 2 mil metros quadrados da base da edificação, chegamos ao valor de R$127.000,00”, considera.
O Projeto - O projeto de transformar o hotel em moradia popular foi levado ao Ministério de Desenvolvimento Regional, em Brasília, pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD) em Agosto. Na ocasião, foi divulgado que o empreendimento demandaria cerca de R$ 36 milhões, sendo R$ 13 milhões para desapropriação e R$ 23 milhões para reforma.
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