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Após um ano da morte, pais de Gabrielly prestam depoimento
Terça-feira, 19 Novembro de 2019 - 16:46 | Redação
Quase um ano após a morte de Gabrielly Ximenes de Souza, de 10 anos, os pais da menina prestaram depoimento na justiça, pela primeira vez, durante audiência, na tarde desta terça-feira (19), no Fórum de Campo Grande. Segundo a família, das 18 testemunhas de defesas arroladas, apenas duas compareceram. Entre elas, o professor de educação física que ajudou a socorrer Gabrielly. A garota morreu sete dias depois de ter sido espancada por duas adolescentes, na saída da escola, no Bairro Nova Lima, em Campo Grande.
A audiência durou cerca de uma hora e apenas a defesa da vítima foi ouvida. Amanhã (20), os pais de Gabrielly deverão se reunir com o promotor responsável pelo caso que passará as atualizações. “Eles não falaram muita coisa, o juiz só me fez algumas perguntas e depois ouviu meu marido. Faltaram muitas testemunhas e, no final, o promotor disse que vai nos receber amanhã, às 9h”, explicou a mãe da menina, Beatriz Ximenes, de 40 anos.
No dia 6 de Junho, teria ocorrido a primeira audiência sobre o caso, de acordo com os pais de Gabrielly. Por se tratar de um processo que envolve menores, ele está em segredo de justiça e a assessoria de imprensa do Fórum não foi autorizada a passar informações.
Apensar de saírem da audiência sem respostas, os pais da menina têm esperança de que as duas adolescentes de 13 anos apontadas como agressoras, sejam punidas. “É muito difícil, minha filha faria 11 anos no dia 16 de novembro, mas não estava aqui para receber o presente dela e ninguém fez nada”, desabafa Beatriz.
Gabrielly foi agredida na saída da Escola Estadual Lino Villachá, Bairro Nova Lima, em Campo Grande, no dia 29 de novembro. Após se desentender com a prima de uma das adolescentes, uma menina de 9 anos. Na saída as duas garotas agrediram a vítima com golpes de mochila e chutes. No mesmo dia ela foi socorrida e encaminhada para a Santa Casa de Campo Grande. Ao receber alta ela continuou reclamando de dores no quadril, novamente foi levada para o hospital e morreu no dia 6 de dezembro de 2018.
Dois meses e meio depois, no dia 25 de fevereiro, o laudo da perícia da Polícia Civil afirmou que as agressões sofridas causaram a morte da menina. O documento apontou que Gabrielly tinha uma doença imunodeficiente, difícil de ser detectada. Na época, a delegada Arine Murad, da Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude (Deaij), explicou que a menina sempre ia ao médico, mas nunca foi levantado esse laudo, por conta de serem doenças corriqueiras de crianças (resfriados, alergias e etc). No entendo, as agressões que Gabrielly sofreu geram um trauma no quadril que evoluiu para um tromboembolismo pulmonar levando a morte.
Para Carlos Roberto Costa de Souza, de 41 anos, pai da vítima, o laudo está equivocado. “Gabrielly era uma criança saudável, eu discordo. Ela ia ao médico para consultas de rotina, tomar vacinas, mas nunca teve nada grave. Ela era sadia, querem usar o laudo para que as menores se livrem da morte da minha filha”, afirmou o Carlos.
A justiça irá determinar qual a medida socioeducativa que será aplicada as duas adolescentes de 13 anos. A mãe de Gabrielly diz que encontra as agressoras no bairro com frequência. “Elas passam pela rua da minha casa sempre, ficam encarando, me olham com deboche”.
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