Maracaju lidera a produção de soja em Mato Grosso do Sul, aponta SIGA-MS

Maracaju consolidou sua posição como o maior produtor de soja de Mato Grosso do Sul na safra 2024/2025. Segundo dados do projeto SIGA-MS, executado pela Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS), o município registrou produtividade média de 72,06 sacas por hectare, em uma área plantada de 353,1 mil hectares, o que resultou em uma produção total de 1,52 milhão de toneladas. Na segunda colocação, Ponta Porã manteve-se entre os maiores produtores do Estado, com 49,70 sacas por hectare de produtividade média, cultivados em 348,1 mil hectares, que garantiram uma produção de 1,03 milhão de toneladas.

De acordo com o coordenador técnico da Aprosoja/MS, Gabriel Balta, os números refletem tanto as boas condições climáticas quanto a adoção de tecnologias pelos produtores. “Maracaju vem se consolidando como referência em produtividade, e isso se deve ao trabalho dos agricultores, que investem em manejo de solo, genética e tecnologia. O SIGA-MS permite medir com precisão esses resultados e trazer transparência para o setor”.

O levantamento do SIGA-MS adota uma metodologia diferenciada em relação ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Enquanto o IBGE se baseia em pesquisas de campo mensais com apoio de colegiados técnicos, a Aprosoja/MS utiliza imagens de satélite, sensoriamento remoto e validação em campo, o que garante maior acurácia na identificação das áreas cultivadas e na estimativa da produtividade.

Para Gabriel, essa abordagem coloca Mato Grosso do Sul em posição de vanguarda na mensuração da produção agrícola. “O SIGA-MS é único no país. Ele combina monitoramento por satélite com a validação em campo, oferecendo dados que refletem de forma muito próxima a realidade da produção. Isso traz segurança tanto para produtores quanto para o mercado”, explica.

O sistema é utilizado pela Aprosoja/MS para acompanhar o desempenho da soja e do milho em todo o Estado, permitindo um mapeamento mais detalhado do uso e ocupação do solo e subsidiando a tomada de decisão dos produtores.