• Diretor de Redação Ulysses Serra Netto

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Recusada no HR tenta retornar à Capital

Quarta-feira, 22 Janeiro de 2020 - 10:45 | Redação


Diagnosticada com  gastroquise, uma má formação congênita que permitem que as vísceras abdominais, como estômago e intestinos saiam por uma abertura, a  pequena Maryáh Alice Vitorya Centurião Amaral luta pela vida desde seu nascimento quando foi descoberto seu problema de saúde. A menina  que está com três anos, passou a vida todo no hospital onde realizou várias cirurgias e atualmente está pronta para retornar para Campo Grande. Ela já recebeu alta dos médicos que fizeram seu acompanhamento durante  todo esse tempo.

Agora a família da Maryáh luta para trazer a garotinha de volta para Campo Grande. Atualmente, a pequena está internada em um hospital de São Paulo esperando o Hospital Regional de Campo Grande aceitar sua transferência. Desesperada a tia da Maryáh, Manuella Centurião usou as redes sociais para expor o problema. A família que está há mais de um ano tentando trazer a menina de volta para Capital.

Manuella explica que  sobrinha nasceu com gastroquise, uma alça intestinal que se desenvolveu fora da barriga dela durante o período da gestação. Quando nasceu fez a primeira cirurgia e retirou quase todo o intestino ficando apenas com cinco  centímetros. Chegou a ser desenganada pelos médicos. Na época foi informado que a única chance de salvar sua vida  seria um transplante nos Estados Unidos que custaria R$3 milhões.

Depois de três  meses de luta, ela foi transferida para São Paulo e lá a família  descobriu que não seria só o transplante, mas também a reabilitação poderia salvar. A criança  já passou por inúmeras cirurgias e chegou a contrair várias contaminações.

A mãe da pequena já chegou a ver sua filha saindo do pós-operatório praticamente morta. "Deus nunca nós abandonou e hoje está com três anos, em julho completa quatro nessa luta diária. Atualmente ela já pode ir para a casa, mas o hospital de origem  que é o Rosa Pedrossian onde ela nasceu se recusa aceitar de volta. Ela já está com quase dois anos de alta e quando vamos lá eles não falam nada, já estamos na justiça, mas até agora nada . Ela só uma criança que precisa ir para casa, conhecer o mundo do lado de fora das janelas de vidro de um hospital", desabafa a tia de Maryáh.

Ainda de acordo com a família, eles procuraram o Hospital Regional Rosa Pedrossian, mas sem sucesso. Lá a resposta foi apenas que os responsáveis deveriam entrar na justiça para pedir a transferência. A negativa do pedido do HR  foi encaminhada para o hospital de São Paulo impedindo que a menina volte conviver com os familiares.

Atualmente Maryáh precisa de um aparelho enteral onde alimentação é feita diretamente pela veia e faz uso do gastro por ela não comer pela boca. Todas as crianças que estavam internadas com a pequena foram para casa. É um direito da paciente ter os aparelhos em casa ou no hospital. O estado teria de fornecer, mas até o momento Maryáh não conseguiu.

A reportagem entrou em contato com assessoria do Hospital Regional Rosa Pedrossian até o fechamento da matéria não houve retorno.

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