Geral
Pediatras pedem fim da obrigatoriedade do Teste da Linguinha
Sábado, 20 Abril de 2019 - 11:59 | Redação
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) solicitou, esta semana, ao Ministério da Saúde a revogação da lei que obriga hospitais e maternidades a fazerem o Teste da Linguinha em crianças nascidas em suas dependências.
O Protocolo de Avaliação do Frênulo da Língua em Bebês (Teste da Linguinha), obrigatório segundo a Lei nº 13.002/2014, é um procedimento utilizado para a detecção da anquiloglossia, uma alteração no tecido que se estende da língua até a cavidade inferior da boca.
Congênita, a anomalia, que pode ocasionar a chamada "língua presa", pode prejudicar a amamentação e a deglutição das crianças, por causa da dificuldade de sucção e outros movimentos da língua, e, portanto, abrir brechas para a má nutrição. Outros problemas que podem derivar dessa condição são os de desenvolvimento da fala, uma vez que é possível que a dicção fique comprometida, caso o quadro não seja tratado.
A língua presa também traz implicações para a mãe do bebê. Isso se explica porque, ao não conseguir extrair o leite e ainda ter fome, a criança acaba prolongando a amamentação por tempo excessivo, deixando a lactante mais vulnerável a ter rachaduras e ferimentos nos seios ou, então, mastite e candidíase mamárias - respectivamente, inflamação e infecção fúngica das mamas.
Baixa incidência - Em nota, a SBP explicou que se opõe à obrigatoriedade do teste devido à pouca incidência da anquiloglossia no Brasil e ao baixo risco que a condição impõe à vida de quem a apresenta. De acordo com a entidade, os casos graves de anquiloglossia, que exigiriam correção pela cirurgia denominada frenotomia, são facilmente diagnosticados.
De acordo com a SBP, o exame da cavidade oral do recém-nascido e lactente só pode ser aplicado por um médico e "já faz parte do exame físico realizado pelo pediatra, de forma simples e indolor, nas maternidades e nas consultas de puericultura". Durante o teste, o médico faz uma avaliação anátomo-funcional da boca da criança, observando aspectos como a posição da língua em repouso e durante o choro e a forma da ponta da língua no choro.
Na avaliação da entidade, os médicos podem prescindir do protocolo uma vez que "um exame clínico bem realizado e uma observação completa de uma mamada podem ser suficientes para o diagnóstico de anquiloglossia".
A SBP destaca que é necessário estabelecer um conjunto de critérios rigorosos para que intervenções cirúrgicas sejam feitas somente quando necessárias.
A Agência Brasil tentou entrar em contato com o Ministério da Saúde a fim de obter posicionamento da pasta sobre o assunto e aguarda retorno.
Últimas Notícias
- Política - 11:52 Recurso de Bolsonaro será julgado em plenário virtual em novembro
- Educação - 11:38 Inep divulga gabarito preliminar da Prova Nacional Docente
- Educação - 11:11 Direito à aprendizagem se torna realidade nas escolas estaduais de MS
- Dourados - 10:50 Jovem é detido após agredir a avó e ameaçar incendiar a casa dela
- Emprego - 10:27 Suzano anuncia vagas em Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo (MS)
- Dourados - 10:10 Homem é preso após furtar casa de vereador em Dourados
- Dourados - 09:50 Homem é preso transportando 243kg de maconha na BR-163
- PRF - 09:35 Carga de feno esconde mais de 2 toneladas de maconha em Bataguassu
- A Fazenda - 09:10 Créo Kellab, Fabiano Moraes e Toninho Tornado disputam a Prova do Fazendeiro nesta quarta
- Fraude eletrônica - 08:50 Vítima de golpe do falso advogado perde mais de R$ 16 mil na Capital

