Campo Grande
Guardas são afastados das ruas após ação em terminal
Três servidores da Guarda Civil ainda tiveram o porte de armas suspensos até o fim das investigações

O Secretário Especial de Segurança e Defesa Social (Sesdes), Valério Azambuja, informou na manhã desta segunda-feira (18) que os três guardas do GPI (Grupo de Pronta Intervenção) que atuaram na manifestação no Terminal Morenão, no feriado do dia 15, sexta-feira, foram afastados preliminarmente pelo prazo de 60 dias, até a conclusão de um procedimento administrativo disciplinar para apurar se houve excesso por parte dos servidores.
Segundo a decisão, já publicada no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande), “diante da gravidade dos fatos”, os guardas irão permanecer em trabalho administrativo durante este período e ainda tiveram a suspensão do porte de arma de fogo funcional.
O secretário admitiu que “houve algumas falhas de procedimento” e que os equipamentos de segurança, como spray de pimenta e arma de cano longo com balas de borracha, não deveriam ter sido usados. “Em determinado ambiente não é apropriado, principalmente naquele local, onde tinham muitas mulheres e até crianças, o uso foi indevido”, explicou Azambuja.
Valério Azambuja disse que a manifestação ocorrida no Terminal Morenão não é de atribuição do GPI. “Estamos apurando de onde partiu o acionamento do GPI que não é para esta finalidade específica e porque não se reportaram ao superior deles antes da ação propriamente”, afirmou o secretário.
Após a confusão, partir desta semana, de acordo com a Sesdes, todos os guardas que integram o GPI vão passar por um novo treinamento.
Atendimento - Para atender as mulheres agredidas durante o protesto, a Defensoria Pública em conjunto com a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) está oferecendo apoio em caso de denúncias.
“A instituição repudia toda forma de violência e comunica que receberá as agredidas e agredidos na unidade de atendimento Belmar Fidalgo para ouvir as passageiras e passageiros sobre o ocorrido e tomar as providências judiciais cabíveis”, disse a Defensoria em nota.
A delegada da Deam, Fernanda Félix Mendes, informou que as vítimas que procurem a Defensoria, vão ser encaminhadas e um boletim de ocorrência coletivo será registrado.